
União Brasil aprova expulsão do deputado Chiquinho Brazão
Executiva Nacional do partido tomou decisão após prisão do parlamentar por suposto envolvimento na morte de Marielle Franco
Da Redação
26/03/24 • 15h27

A Executiva Nacional do União Brasil aprovou por unanimidade a expulsão do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) do partido, após sua prisão sob suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco. A decisão foi anunciada no domingo (24), com o cancelamento da filiação partidária de Brazão.
O partido explicou que a decisão foi baseada em três condutas ilícitas previstas no Estatuto, incluindo atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito, falta de exação no cumprimento dos deveres partidários e violência política contra a mulher.
A representação contra Brazão foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite (União-SP) e relatada pelo senador Efraim Filho (União-PB). O presidente do partido, Antonio de Rueda, solicitou a abertura do processo disciplinar contra o parlamentar no mesmo dia.
O União Brasil emitiu uma nota repudiando fortemente quaisquer crimes, especialmente aqueles que atentam contra o Estado Democrático de Direito e envolvem violência contra a mulher, expressando solidariedade às famílias de Marielle e Anderson. Chiquinho Brazão, que está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados, foi vereador no Rio de Janeiro por quatro mandatos consecutivos. Ele é um dos três acusados de envolvimento na morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
A prisão de Brazão ainda precisa ser analisada pelo plenário da Câmara dos Deputados, conforme estipula a Constituição Federal, que prevê a inviolabilidade dos parlamentares e determina que em casos de prisão, os autos sejam remetidos à Casa para decisão, exigindo maioria absoluta para manter ou revogar a prisão.