Em depoimento ao STF, Chiquinho Brazão afirma que não conhecia Ronnie Lessa

Parlamentar é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018.

Da Redação
22/10/24 • 15h33

Brazão é acusado de envolvimento nas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. (Foto: Reprodução/ Câmara dos Deputados)

O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) prestou depoimento nesta segunda-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da ação penal que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O parlamentar, que está preso na penitenciária federal em Campo Grande, é apontado nas investigações como um dos mandantes do crime, segundo a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ter realizado os disparos contra Marielle.

Durante o depoimento ao juiz Airton Vieira, auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, Brazão afirmou que nunca teve contato pessoal com Lessa e chorou ao falar de sua família. “Não tenho dúvida de que ele poderia me conhecer, mas eu não tenho lembrança de ter estado com essa pessoa”, declarou o parlamentar.

Sobre Marielle Franco, Chiquinho Brazão destacou que mantinha uma relação “excelente” com a vereadora e lamentou sua morte, dizendo que ela tinha um “futuro brilhante” na política. “Foi maldade o que fizeram. Marielle era uma vereadora muito amável”, disse.

Além de Chiquinho, outros réus no STF incluem seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa, estando presos por determinação do ministro Alexandre de Moraes.