
Esperança de medalhas, delegação do surfe chega aos Jogos com seis atletas
Brasil é o único país que conta com o número máximo de competidores.

Três anos após conquistar o ouro no surfe na Olimpíada de Tóquio, o Brasil chega a Paris 2024 como o único entre 11 países participantes com o número máximo de seis atletas. A equipe está completa no Taiti desde sábado (20), quando Tatiana Weston-Webb desembarcou no arquipélago. Ela se juntou a Filipe Toledo, Gabriel Medina, João Chianca, Luana Silva e Taina Hinckel na base do Time Brasil, próxima à praia de Teahupo’o.
O sexteto realizou o primeiro treino oficial nas ondas tubulares de Teahupo’o no domingo (21). A janela de competição do surfe começa no sábado (27), um dia após a cerimônia de abertura de Paris 2024.
“Estou feliz de estar em Teahupo’o para mais uns Jogos Olímpicos e tentar ganhar uma medalha. Todos estão muito animados e esperançosos de que o Time Brasil terá um grande resultado. Esperamos altas ondas na competição e estamos nos preparando para chegar bem no momento certo”, disse Tatiana, que obteve a primeira nota 10 feminina em Teahupo’o na atual temporada da Liga Mundial de Surfe (WSL).
João “Chumbinho” Chianca, de 23 anos, natural de Saquarema (RJ), também não esconde a expectativa pela estreia. Após um grave acidente em Pipeline (Havaí) em dezembro, ele passou quatro meses se recuperando de sequelas. Perseverante, Chumbinho voltou às competições em abril, a tempo de se preparar para os Jogos.
A disputa em Teahupo’o também marca o retorno de Filipe Toledo, atual bicampeão mundial, às competições. Natural de Ubatuba (SP), ele optou por não disputar a WSL este ano para focar na saúde mental e na preparação para os Jogos de Paris. “É o sonho de todo atleta estar nos Jogos Olímpicos e ter uma medalha. Estou empolgado. É um sonho se tornando realidade”, disse Filipinho.
O Brasil garantiu o número máximo de representantes nos Jogos de Paris ao conquistar duas vagas extras nos Jogos Mundiais de Surfe da ISA 2024, em Porto Rico. Gabriel Medina obteve a vaga olímpica ao vencer o ISA Games, enquanto Tatiana Weston-Webb, já classificada, garantiu a terceira vaga feminina, preenchida por Luana Silva, filha de brasileiros nascida no Havaí.