Ceará recebe transfer ban da Fifa pela terceira vez em 2024
Clube enfrenta proibição de registro de jogadores por dívida com time japonês Vissel Kobe pelo atacante Wescley.
Da Redação
30/09/24 • 15h30
Pela terceira vez na temporada de 2024, o Ceará Sporting Club está impedido de registrar novos jogadores, em decorrência de uma sanção imposta pela Fifa, conhecida como transfer ban. A nova punição, aplicada em 23 de setembro, proíbe o clube de realizar transferências por três janelas de negociação. O motivo desta vez é uma dívida relacionada à negociação do atacante Wescley, realizada em 2019 com o Vissel Kobe, do Japão.
Essa sanção ocorre após o clube ter resolvido anteriormente duas proibições semelhantes, ambas referentes ao não pagamento de parcelas ao Yokohama Marinos, do Japão, pela compra do atacante Saulo Mineiro em 2023. O Ceará conseguiu retirar o transfer ban das outras ocasiões após regularizar os pagamentos.
A nova proibição não terá impacto direto na campanha atual da Série B, já que o prazo para inscrever jogadores na competição já terminou. A próxima janela de transferências só será aberta em janeiro de 2025, conforme calendário a ser definido pela CBF.
A primeira sanção de 2024 foi aplicada em 12 de março, quando o Ceará foi impedido de contratar jogadores por não pagar uma parcela de US$ 200 mil (cerca de R$ 1,12 milhão) ao Yokohama Marinos. O pagamento foi efetuado em 19 de abril, permitindo a regularização da situação, embora o clube tenha perdido a oportunidade de reforçar o elenco na janela de transferências extra aberta pela CBF em abril.
Entretanto, a segunda parcela da dívida não foi quitada, o que levou a um novo transfer ban em 26 de junho, às vésperas da janela de transferências do meio do ano. O problema foi resolvido rapidamente, e em 15 de julho o clube já estava liberado para registrar jogadores.
Além dos problemas com transferências internacionais, o Ceará também enfrenta dificuldades financeiras, principalmente relacionadas a processos trabalhistas. O atacante Chrystian Barletta conseguiu deixar o clube judicialmente devido a dívidas, e atualmente atua no Sport. Outros jogadores também acionaram o clube judicialmente, e o Floresta cobra valores relacionados à venda do zagueiro Marcos Victor ao Bahia.