Vendas no varejo crescem 0,9% em abril
O aumento mensal foi o quarto consecutivo. Em 2024, o setor já acumula alta de 4,9%.
Da Redação
13/06/24 • 11h45
Em abril de 2024, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 0,9% em comparação com março, na série com ajuste sazonal, marcando o quarto aumento consecutivo. O setor acumula uma alta de 4,9% no ano e de 2,7% nos últimos 12 meses, conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Das oito atividades pesquisadas, cinco registraram avanços em abril. Os maiores destaques foram hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com um crescimento de 1,5%, e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com um aumento significativo de 14,2%. Estas categorias exerceram as principais influências sobre o resultado geral.
O crescimento nos equipamentos e material para escritório, informática e comunicação se deu após uma queda de 10,1% no mês anterior, causada pela valorização do dólar. Em abril, descontos oferecidos por grandes marcas ajudaram na recuperação do setor, explicou Cristiano Santos, gerente da pesquisa.
O setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que representa 55,2% do índice geral, mostrou um crescimento de 1,5% após duas quedas consecutivas. Segundo Cristiano Santos, a estabilidade nos meses anteriores, com resultados próximos de zero, contribuiu para o aumento registrado em abril.
O segmento de móveis e eletrodomésticos também voltou a crescer, com um aumento de 2,4% após uma queda de 1,9% em março. A recuperação foi impulsionada pelo crescimento nas vendas de móveis, apesar da estabilidade nos eletrodomésticos. Este crescimento está relacionado a uma melhora nas vendas em comparação ao ano anterior, que teve resultados desfavoráveis no segundo semestre.
O setor de combustíveis e lubrificantes registrou um aumento de 2,2%, sua primeira alta do ano, refletindo uma recuperação após resultados próximos de zero e quedas nos meses anteriores. Além disso, as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceram 0,6%, marcando a terceira alta consecutiva e um ganho acumulado de 13,8% no ano.
Por outro lado, as vendas de livros, jornais, revistas e papelaria caíram 0,4%, enquanto o segmento de tecidos, vestuário e calçados diminuiu 0,7%. O setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico permaneceu estável. No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve uma queda de 1%.