Taxa de desemprego de 6,8% em julho é a menor desde 2014, aponta IBGE

Nível de ocupação também atinge recorde histórico, impulsionado pelo crescimento de postos formais e informais.

Da Redação
30/08/24 • 13h00

O nível de ocupação de pessoas trabalhando chegou a 57,9% no trimestre. (Foto: José Paulo Lacerda)

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,8% no trimestre encerrado em julho de 2024, a menor desde dezembro de 2014, quando foi registrada em 6,6%. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE, essa é também a menor taxa para um trimestre encerrado em julho desde o início da série histórica.

A queda da taxa de desemprego foi impulsionada pela redução de 9,5% na população desocupada em relação ao trimestre anterior, com 7,4 milhões de pessoas procurando emprego, o menor número registrado para o período. Ao mesmo tempo, a população ocupada atingiu 102 milhões de pessoas, o maior patamar já registrado para um trimestre encerrado em julho.

O nível de ocupação, que indica o percentual de pessoas trabalhando em relação ao total em idade ativa, chegou a 57,9%, superando tanto o trimestre anterior (57,3%) quanto o mesmo período do ano passado (56,9%).

O aumento da ocupação foi observado tanto no setor formal quanto no informal, com o número de trabalhadores informais alcançando 39,45 milhões, o segundo maior da série histórica. Embora a informalidade tenha crescido 1,1% no trimestre, os empregos formais representaram a maior parte da geração de novos postos, indicando uma melhoria na qualidade do mercado de trabalho.

Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE, destacou que a carteira assinada e o registro no CNPJ proporcionam melhores condições de trabalho e segurança para os trabalhadores, refletindo uma qualidade superior no mercado de trabalho.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores manteve-se estável em relação a abril, mas subiu 4,8% no ano, chegando a R$ 3.206. A massa de rendimento real também cresceu, atingindo R$ 322,4 bilhões, impulsionada pelo aumento do número de trabalhadores ocupados.

A população subutilizada, que inclui pessoas desocupadas ou que poderiam trabalhar mais horas, caiu para 18,7 milhões, o menor nível desde 2015. Já a população desalentada, formada por aqueles que desistiram de procurar emprego, caiu para 3,2 milhões, o menor número desde 2016.