Setor de serviços não financeiros alcança recorde de 14,2 milhões de trabalhadores em 2022

Pesquisa do IBGE destaca crescimento de 10,3% na força de trabalho entre 2019 e 2022, com destaque para o segmento de Serviços técnico-profissionais.

Da Redação
28/08/24 • 15h20

O crescimento em comparação ao ano de 2019 foi de 10,3%. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O setor de serviços não financeiros no Brasil registrou um recorde histórico de 14,2 milhões de trabalhadores em 2022, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este número representa um crescimento de 5,8% em relação a 2021 e de 10,3% no acumulado desde 2019, ano anterior à pandemia.

A Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2022, do IBGE, revelou que cinco atividades concentraram 47,3% das pessoas ocupadas no setor: Serviços de alimentação, Serviços técnico-profissionais, Transporte rodoviário de cargas, Serviços para edifícios e atividades paisagísticas, e Serviços de escritório e apoio administrativo. Juntas, essas atividades destacam-se como os principais geradores de emprego dentro do segmento de serviços não financeiros.

O aumento no contingente de trabalhadores foi acompanhado por uma receita operacional líquida de R$ 2,7 trilhões e um valor adicionado bruto de R$ 1,5 trilhão, reforçando a importância do setor para a economia brasileira. Contudo, o segmento de Serviços prestados principalmente às famílias ainda não recuperou completamente o nível de emprego pré-pandemia, registrando uma queda de 3,2% em comparação a 2019.

O relatório destacou o crescimento expressivo na atividade de Serviços técnico-profissionais, que registrou um aumento de 166,1 mil pessoas ocupadas em 2022, alcançando um patamar superior ao período pré-pandemia. A atividade de Transporte rodoviário de cargas também se destacou, respondendo por 13,1% do total das receitas do setor de serviços no país.

A pesquisa também mostrou disparidades regionais, com o Sudeste concentrando 65,4% da receita bruta de serviços do país. Em termos de remuneração, o Sudeste apresentou salários acima da média nacional, enquanto o Nordeste permaneceu com os menores salários médios da série histórica.

O IBGE ressaltou que o setor de serviços não financeiros refletiu o desempenho positivo da economia brasileira em 2022, impulsionado pela redução do desemprego para 7,9% e pelo crescimento do PIB em 3%. A recuperação pós-pandemia e o aumento do consumo das famílias, que avançou 4,1%, foram fatores determinantes para o bom desempenho do setor.

A pesquisa PAS 2022 destacou não apenas o crescimento do setor de serviços, mas também as mudanças estruturais dentro das atividades econômicas. O avanço da tecnologia da informação e a redução na concentração de mercado entre as maiores empresas do setor são indicativos de uma evolução dinâmica, que continuará a influenciar o mercado de trabalho e a economia brasileira nos próximos anos.