Setor de Serviços fica estável em maio, aponta IBGE

Estabilidade vem após dois meses consecutivos de alta.

Da Redação
13/07/24 • 00h05

No acumulado de 2024, valores chegam a 2,0% de aumento. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Após dois meses de alta, o volume de serviços no país permaneceu estável (0,0%) de abril para maio. Comparado a maio de 2023, houve um aumento de 0,8%, após um crescimento de 5,5% em abril. Com esse resultado, os serviços estão 12,7% acima do nível de fevereiro de 2020, período pré-pandemia, e 0,9% abaixo de dezembro de 2022, o ponto mais alto da série histórica. No acumulado de 2024, o crescimento foi de 2,0% em comparação ao mesmo período de 2023. Nos últimos 12 meses, houve uma desaceleração, passando de 1,6% em abril para 1,3% em maio de 2024. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE.

Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, destacou que, apesar da variação nula, houve taxas negativas em diversos setores e regiões. Entre as cinco atividades pesquisadas, três apresentaram queda, com destaque para o setor de transportes (-1,6%), influenciado principalmente pela menor receita do transporte aéreo e rodoviário coletivo de passageiros. As atividades de informação e comunicação (-1,1%) e outros serviços (-1,6%) também tiveram recuos.

Entre os setores com crescimento, os serviços prestados às famílias aumentaram 3,0%, recuperando a perda de 2,7% do mês anterior, principalmente devido ao aumento no setor de restaurantes. Lobo mencionou que o Dia das Mães pode ter contribuído para esse aumento, junto com eventos de grande magnitude no Rio de Janeiro. Outro setor com crescimento foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares, com alta de 0,5%, recuperando parcialmente a queda de abril.

A PMS também mostrou uma queda de 0,2% nas atividades turísticas em maio, após dois meses de alta. Seis dos 12 locais pesquisados tiveram recuo, com o Rio Grande do Sul apresentando a maior queda (-32,3%) devido aos desastres das enchentes. São Paulo (-1,8%) e Paraná (-2,8%) também tiveram quedas, enquanto Rio de Janeiro (2,5%) e Bahia (1,9%) tiveram aumentos.

O volume de transporte de passageiros recuou 7,0% em maio, após crescer 10,4% no mês anterior, situando-se 4,4% abaixo do nível pré-pandemia e 26,4% abaixo do ponto mais alto da série histórica. O transporte de cargas teve uma queda menor (-0,6%) após estabilidade no mês anterior, situando-se 7,3% abaixo do ponto mais alto da série e 32,8% acima do patamar pré-pandemia.

Regionalmente, a PMS registrou queda no volume de serviços em 19 das 27 unidades da federação de abril para maio de 2024. Minas Gerais (-2,9%), Santa Catarina (-3,6%), Bahia (-4,1%), Maranhão (-8,7%) e Distrito Federal (-2,1%) foram as principais quedas. Mato Grosso (6,2%) e Tocantins (27,7%) tiveram os principais aumentos, impulsionados pelo transporte de carga.