
Preocupações com seca no Brasil elevam cotação da soja ao maior nível desde julho
Seca prolongada afeta plantio de soja e milho e impulsiona mercado internacional.
Da Redação
25/09/24 • 04h00

A soja alcançou, nesta terça-feira (24), sua maior cotação desde o final de julho, refletindo as preocupações crescentes com a seca nas principais regiões produtoras do Brasil, o maior exportador mundial da commodity. Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja subiram até 0,5%, chegando a US$ 10,44 por bushel, acumulando cinco semanas consecutivas de alta.
A previsão de seca prolongada, especialmente no norte e nas áreas centrais do Brasil, indica que o plantio de soja e milho continuará em ritmo lento. Segundo a empresa de meteorologia Maxar, as temperaturas devem permanecer elevadas, agravando as condições para o início da safra.
Até a última quinta-feira (19), o plantio para a safra 2024/25 estava apenas 0,9% concluído, em comparação com 1,9% no mesmo período do ano passado, de acordo com a AgRural. Mesmo com a possibilidade de chuvas nos próximos meses, a intensidade da seca já está pressionando os preços da soja no mercado internacional.
O analista independente Tobin Gorey destacou que, embora haja tempo para que o clima melhore, a dimensão da seca deve continuar sustentando os preços da commodity no curto prazo.