
Resultado do PIB foi ajudado pela expansão da renda dos brasileiros, aponta Fiesp
Aumento do PIB foi de 0,8% no primeiro trimestre de 2024.
Da Redação
05/06/24 • 00h50

A expansão da renda dos brasileiros contribuiu para o crescimento de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, comparado ao último trimestre do ano passado, após dois trimestres de estabilidade. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) apontou que o período de janeiro a março foi marcado pela resiliência do consumo e dos serviços, impactando positivamente a renda. Além disso, o pagamento de precatórios pelo governo federal injetou R$ 131 bilhões na economia, aproximadamente 1,1% do PIB, de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024.
O Departamento Econômico da Fiesp destacou que o dinamismo da economia no primeiro trimestre refletiu um mercado de trabalho aquecido, com a criação de mais de 730 mil novas vagas de emprego formal, superando as 520,3 mil vagas criadas no mesmo período de 2023, conforme dados do Caged. A Fiesp também observou que o aumento real do salário mínimo e seu impacto nos benefícios sociais e previdenciários contribuíram para um crescimento de 10,4% na massa salarial em termos reais, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A retomada da produção de bens de capital, refletida na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), avançou 4,1% nos investimentos realizados no período, antecipando e confirmando a projeção de crescimento econômico retratada pelo PIB. A Fiesp relatou que a indústria de transformação cresceu 0,7% no primeiro trimestre. No entanto, a entidade notou que a recuperação da indústria foi limitada pela menor intensidade na redução dos juros pelo Banco Central.
“A manutenção dos juros em níveis restritivos impacta de forma desigual os setores da indústria. Juros altos podem dificultar a recuperação dos setores mais sensíveis, que foram os mais afetados pelo último ciclo de aperto monetário”, analisou a Fiesp.