Reservas provadas de petróleo no Brasil aumentam 7% em 2023

Dados da ANP apontam que Brasil tem 15,8 bilhões de barris de petróleo como reservas provadas.

Da Redação
03/04/24 • 11h50

Brasil apresentou crescimento nos volumes de reservas de petróleo (Foto: Sérgio Moraes/Reuters)

As reservas provadas de petróleo no Brasil apresentaram um aumento de 6,98% em 2023 em comparação com o ano anterior, segundo dados do Boletim Anual de Recursos e Reservas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse crescimento representa uma elevação significativa no volume recuperável comercialmente.

A pesquisa também indicou crescimento de 3,81% no volume relativo ao somatório de reservas provadas e prováveis e de 2,26% no somatório das provadas, prováveis e possíveis.

No total, as empresas contratadas para exploração e produção declararam 15,894 bilhões de barris de petróleo como reservas provadas, evidenciando uma robustez na capacidade de extração do país.

O índice de reposição de reservas provadas atingiu 183,54%, indicando um acréscimo de cerca de 2,278 bilhões de barris em novas reservas. Esse índice reflete a relação entre o volume adicionado e o volume produzido quando comparados os anos de 2022 e 2023.

Apesar do crescimento das reservas brasileiras, o país ainda não ocupa uma posição de destaque no cenário internacional, conforme aponta o geólogo Jorge Picanço Figueiredo, da UFRJ. “Os Estados Unidos têm 68,8 bilhões de reservas provadas, Rússia tem 107,8 bilhões, Arábia Saudita, 297 bilhões, o Iraque, 145 bilhões, o Irã, 157 bilhões, a Venezuela, 303 bilhões”, afirma. Ele ressalta que embora outros países possuam volumes consideravelmente maiores, o Brasil tem reservas de boa qualidade.

Figueiredo destaca também a relevância do petróleo e a contribuição do Brasil para a produção mundial. “O mundo consome 105 milhões de barris de petróleo por dia. O Brasil consome 2,5 milhões. Nós contribuímos com 3,4% da produção mundial”, relembrando que esta ainda será a matriz energética mais importante dos próximos 50 anos.