Renda dos 10% mais ricos é 14,4 vezes superior à dos 40% mais pobres

Apesar da grande diferença, os valores estão em redução desde a pandemia, quando atingiu o ápice de 17 vezes.

Da Redação
19/04/24 • 12h05

Valores das rendas médias atingiram seus recordes. (Foto: Marcello Casal Jr)

Uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19), revelou que em 2023, os 10% da população brasileira com maiores rendimentos domiciliares per capita tiveram uma renda 14,4 vezes superior à dos 40% da população com menores rendimentos. Essa diferença representa a menor disparidade já registrada no Brasil.

De acordo com o levantamento, os 10% da população com maior rendimento domiciliar por pessoa tiveram uma renda mensal média de R$ 7.580, enquanto os 40% dos brasileiros com menor rendimento obtiveram R$ 527. Ambos os valores são os maiores registrados para cada faixa de renda.

A redução da diferença entre os estratos de renda é uma tendência observada nos últimos anos. Antes da pandemia de covid-19, em 2019, a relação era de 16,9 vezes, enquanto em 2021, durante o auge da pandemia, atingiu 17 vezes. Desde então, houve uma diminuição progressiva, alcançando a marca de 14,4 vezes em 2023.

Os dados mostram que os menores rendimentos cresceram em proporções superiores aos do topo da pirâmide. Entre 2012 e 2023, os 5% com menores rendimentos tiveram um aumento de 46,5%, enquanto a faixa dos 10% maiores cresceu 8,9%. Nos últimos anos, houve um estreitamento da diferença, especialmente entre 2022 e 2023, quando os 5% mais pobres registraram um aumento de 38,5% em seus rendimentos.