
Mercado eleva projeção de inflação para 2024, PIB e Selic mantêm estabilidade
Inflação oficial do país aumenta para 4,22% e PIB projeta crescimento de 2,23% para 2024, segundo Boletim Focus
Da Redação
19/08/24 • 10h40

O mercado financeiro elevou, pela quinta semana consecutiva, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024, que subiu de 4,2% para 4,22%, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central (BC). O IPCA é a medida oficial de inflação do Brasil.
A expectativa para a inflação de 2025, no entanto, apresentou uma leve queda, passando de 3,97% para 3,91%. Para 2026, a projeção permaneceu estável em 3,6%. A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, que é de 3%, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, que permite variações entre 1,5% e 4,5%.
A partir de 2025, o Brasil adotará um sistema de meta contínua de inflação, com um centro fixado em 3% e a mesma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
O mercado também ajustou suas expectativas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2024, projetando um crescimento de 2,23%, ligeiramente superior aos 2,2% estimados na semana anterior. Para 2025, a projeção de crescimento do PIB foi ajustada para 1,89%, abaixo dos 1,92% da semana anterior. A estimativa para 2026 permanece estável em 2%.
Quanto à taxa básica de juros, a Selic, as expectativas se mantêm estáveis em 10,50% para 2024, pela nona semana consecutiva. Para 2025, a projeção subiu de 9,75% para 10%, enquanto a expectativa para 2026 se manteve em 9% pela 14ª semana consecutiva. A Selic é o principal instrumento utilizado pelo BC para controlar a inflação.
As projeções para o câmbio indicam que o dólar deverá encerrar 2024 cotado a R$ 5,31, um valor ligeiramente superior ao projetado na semana anterior (R$ 5,30). As expectativas para 2025 e 2026 permanecem estáveis, com o dólar projetado em R$ 5,30 e R$ 5,25, respectivamente.
Em julho, o IPCA registrou alta de 0,38%, puxado principalmente pelos aumentos nos preços da gasolina, passagens aéreas e energia elétrica. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses alcançou 4,5%, no limite superior da meta de inflação do BC.