
Governo Federal anuncia fornecimento de gás a 20 milhões de famílias até 2025
Presidente Lula critica privatização da Eletrobras e destaca importância de políticas sociais no setor energético.
Da Redação
27/08/24 • 12h20

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (26) que o governo federal fornecerá botijões de gás a mais de 20 milhões de famílias até dezembro de 2025, como parte da Política Nacional de Transição Energética. A medida busca ampliar o acesso ao gás de cozinha e reforça a função social do Estado no setor energético.
Durante a cerimônia de lançamento da Política Nacional de Transição Energética, Lula destacou a importância estratégica do setor energético para o cumprimento das funções sociais do Estado. O presidente também criticou a privatização da Eletrobras, classificando-a como um “crime de lesa-pátria” e ressaltando que empresas estatais como a Eletrobras desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do país.
O programa “Gás para Todos” foi anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, como parte das medidas de combate à pobreza energética. Segundo o ministro, o governo federal vai fornecer botijões de gás para mais de 20 milhões de famílias até 2025, tornando o programa o maior do mundo em acesso ao cozimento limpo.
A Política Nacional de Transição Energética, aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a sustentabilidade, com potencial para atrair R$ 2 trilhões em investimentos nos próximos 10 anos e gerar 3 milhões de empregos na economia verde. O plano inclui o desenvolvimento de energias renováveis como eólica, solar, biomassa e hidrogênio verde, além de estratégias para a redução das desigualdades sociais e regionais.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que a transição energética trará impactos positivos para a economia, especialmente nos setores agrícola e industrial, e será potencializada pela reforma tributária em andamento.
A implementação da política será conduzida por meio do Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte), que promoverá a participação de diversos atores públicos e privados, e pelo Plano Nacional de Transição Energética (Plante), que articulará ações setoriais e transversais, incluindo marcos legais, combate à pobreza energética e atração de investimentos.