
Em 10 meses, Desenrola Brasil beneficiou 15 milhões de pessoas
Programa renegociou R$ 53,07 bilhões em dívidas, informou o Ministério da Fazenda.
Da Redação
22/05/24 • 05h00

O Programa Desenrola Brasil, iniciado há dez meses, alcançou marcos significativos no campo da renegociação de dívidas, beneficiando 15,06 milhões de pessoas e renegociando um total de R$ 53,07 bilhões em dívidas. Este valor corresponde a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, conforme divulgado nesta terça-feira (21) pelo Ministério da Fazenda. O programa priorizou os contribuintes do Rio Grande do Sul devido aos recentes desafios econômicos enfrentados pelo estado.
Dentre os beneficiados, a maior queda na inadimplência foi observada no público da Faixa 1, que inclui devedores com renda de até dois salários mínimos ou registrados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com débitos de até R$ 20 mil. Essa categoria viu uma redução de 8,7% no número de inadimplentes, caindo de 25,2 milhões para 23,1 milhões de pessoas, segundo dados da Serasa.
O Ministério da Fazenda destacou a eficácia do investimento no programa, indicando que cada real aplicado no Desenrola resultou em R$ 25 em dívidas renegociadas. O governo utilizou apenas R$ 1,7 bilhão dos R$ 8 bilhões alocados ao Fundo Garantidor de Operações (FGO), que serve como cobertura para eventuais inadimplências de participantes do programa.
O Desenrola Brasil foi dividido em três fases distintas, com diferentes estratégias e focos. Inicialmente, os principais bancos cancelaram automaticamente 10 milhões de registros de dívidas de até R$ 100, eliminando aproximadamente R$ 1 bilhão em débitos. Na segunda fase, esses mesmos bancos renegociaram R$ 26,5 bilhões em débitos de 3 milhões de pessoas da Faixa 2. As renegociações para a Faixa 1, que começaram em outubro, envolveram cerca de 5 milhões de devedores e totalizaram R$ 25,43 bilhões em débitos refinanciados.
Além dos impactos quantitativos, o programa também trouxe benefícios qualitativos significativos, oferecendo descontos substanciais e facilitando o acesso ao processo de negociação, com 83,5% das operações sendo realizadas por meio de dispositivos móveis. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideraram tanto em número de beneficiados quanto em volume de renegociações.