
Déficit das contas públicas chega a R$ 48,7 bilhões em fevereiro
Dívida líquida corresponde a 60,9% do PIB, enquanto a bruta vai a 75,5%.
Da Redação
05/04/24 • 17h04

As estatísticas fiscais divulgadas pelo Banco Central nesta sexta-feira (5) revelam que as contas públicas encerraram fevereiro com um saldo negativo, principalmente devido ao déficit do governo federal, decorrente da antecipação do pagamento de precatórios em 2024. O setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 48,692 bilhões no mês, em comparação com um déficit de R$ 26,453 bilhões no mesmo período do ano anterior.
Nos dois primeiros meses de 2024, o setor público consolidado apresentou um superávit primário de R$ 53,455 bilhões. No entanto, em um período de 12 meses, encerrado em fevereiro, as contas acumularam um déficit primário de R$ 268,229 bilhões, equivalente a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em fevereiro, o Governo Central registrou um déficit primário de R$ 57,821 bilhões, em comparação com um déficit de R$ 39,238 bilhões no mesmo mês de 2023. Por outro lado, os governos estaduais e municipais apresentaram superávits, totalizando R$ 8,646 bilhões, uma redução em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os gastos com juros totalizaram R$ 65,166 bilhões em fevereiro deste ano, um aumento ligeiro em comparação com os R$ 64,153 bilhões registrados em fevereiro de 2023. Porém, houve uma redução significativa em relação a janeiro de 2024, quando os gastos com juros totalizaram R$ 79,914 bilhões.
A dívida líquida do setor público atingiu R$ 6,693 trilhões em fevereiro, correspondendo a 60,9% do PIB, enquanto a dívida bruta do governo geral chegou a R$ 8,301 trilhões, representando 75,5% do PIB. Estes indicadores são cruciais para avaliações internacionais e de investidores sobre o endividamento do país.