Brasil pode banir até 600 sites de apostas irregulares, afirma ministro da Fazenda

Medida envolve bloqueio de sites e regulamentação de apostas para combater irregularidades e lavagem de dinheiro.

Da Redação
30/09/24 • 13h47

Políticas de regulação e até de combate às bets estão no centro das discussões em Brasília. (Foto: Agência Brasil)

Até 600 sites de apostas online, conhecidos como bets, poderão ser banidos do Brasil nos próximos dias, caso estejam irregulares em relação à legislação recentemente aprovada pelo Congresso Nacional. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (30).

O bloqueio será realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por remover o acesso aos sites de apostas não regulamentados no território brasileiro. “A primeira providência será banir do espaço brasileiro as bets não regulamentadas. Há cerca de 500 ou 600 sites de apostas que vão sair do ar nos próximos dias, porque a Anatel vai bloquear no espaço brasileiro o acesso a esses sites”, explicou o ministro.

Haddad recomendou que os apostadores façam o resgate imediato de qualquer valor depositado em sites de apostas, para evitar prejuízos financeiros. “Se você tem algum dinheiro em casa de aposta, peça a restituição já, porque você tem o direito de ter seu valor restituído. Já estamos avisando todo mundo”, alertou o ministro.

O ministro também mencionou outras ações que o governo pretende tomar para regulamentar o setor de apostas. Entre as medidas está o acompanhamento das apostas por CPF, com o objetivo de identificar tanto jogadores com possível dependência psicológica quanto práticas de lavagem de dinheiro.

“Vamos acompanhar CPF por CPF a evolução da aposta e do prêmio para evitar duas coisas: quem aposta muito e ganha pouco está com dependência psicológica do jogo e, quem aposta pouco e ganha muito, está geralmente lavando dinheiro”, afirmou Haddad, destacando a importância de combater problemas de saúde pública e crime organizado.

Em relação à publicidade das bets, o ministro ressaltou que está “completamente fora de controle” e que se reunirá com entidades do setor para discutir a questão. “Assim como tem regulação de fumo e de bebida alcoólica, temos que ter o mesmo zelo em relação aos jogos”, concluiu.