
BNB destaca importância da energia limpa do Nordeste para um desenvolvimento socialmente justo
Fórum em Fortaleza discute transição energética e financiamento para sustentabilidade.
Da Redação
10/10/24 • 17h38

O presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, enfatizou a liderança do Nordeste na produção de energia sustentável e a relevância desse potencial para promover crescimento econômico com justiça social. A declaração foi feita durante o IV Fórum Debate Desenvolvimento, realizado nesta quinta-feira (10) em Fortaleza. O evento, promovido em parceria com a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), reuniu representantes do Sistema Nacional de Fomento e dos governos federal e estadual para debater “O financiamento à transição justa e o potencial do Nordeste brasileiro”.
Câmara destacou que o Banco do Nordeste já investiu mais de R$ 37 bilhões em projetos de energia solar e eólica nos últimos anos e afirmou que o hidrogênio verde está no centro das estratégias de descarbonização da matriz produtiva regional, com vários protocolos de intenção de investimentos já em andamento. “O processo de descarbonização só terá impacto positivo se for economicamente viável, socialmente inclusivo e ambientalmente sustentável”, ressaltou.
O fórum também abordou temas como mudanças climáticas, parcerias financeiras e oportunidades para negócios sustentáveis. Durante o evento, foi firmado um acordo de cooperação entre a ABDE e a organização Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), com o objetivo de financiar projetos que aumentem a resiliência e a sustentabilidade das cidades brasileiras. A ICLEI opera em mais de 130 países, promovendo políticas de baixo carbono e desenvolvimento urbano sustentável.
Márcia Maia, diretora da ABDE e presidente da Agência de Fomento do Rio Grande do Norte, ressaltou a importância de garantir que as populações locais sejam consultadas e beneficiadas pelos resultados econômicos gerados pelos projetos de energias renováveis. “A transição deve ser justa com as populações envolvidas territorialmente em projetos de energias renováveis”, finalizou.
O evento também contou com a participação de Paulo Simplício, da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), e Joaquim Rolim, consultor de energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), entre outros especialistas.