Amazônia deve ter investimento de R$ 500 milhões para desenvolvimento científico

Recursos vão subsidiar apoio à infraestrutura e pesquisa na região.

Da Redação
08/07/24 • 20h03

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, fez o anúncio durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) em Belém. (Foto: Luara Baggi)

O governo federal anunciou um investimento de cerca de meio bilhão de reais para o desenvolvimento científico e tecnológico na Amazônia. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, fez o anúncio durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) em Belém, no campus da Universidade Federal do Pará.

Os recursos provêm de diversas fontes: o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (FNDCT) contribuirá com R$ 160 milhões, o Programa ProAmazônia com R$ 150 milhões, e o Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome com R$ 184,2 milhões.

Os fundos do FNDCT serão destinados à infraestrutura e pesquisa científica na região, incluindo a recuperação, atualização e criação de laboratórios e coleções biológicas. A ministra explicou que R$ 110 milhões desses recursos irão para projetos fora das capitais dos estados amazônicos. Além disso, R$ 10 milhões serão usados para preservar as coleções científicas do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), as maiores referências da biodiversidade da Floresta Amazônica, iniciadas em 1954.

A ministra também anunciou R$ 20 milhões para o novo Museu das Amazônias, que será construído no Parque Urbano Belém Porto Futuro. A meta é concluir o museu até a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025. O projeto é uma iniciativa do governo do Pará, com apoio de recursos federais e internacionais.

Os recursos do ProAmazônia financiarão projetos de inovação em bioeconomia, cidades sustentáveis, descarbonização, transformação digital, economia digital, restauração florestal, transporte e monitoramento ambiental. Já as verbas do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome serão utilizadas para desenvolver soluções tecnológicas para cadeias socioprodutivas da bioeconomia e sistemas agroalimentares. Editais serão lançados para instituições científicas e empresas públicas ou privadas da região.

A ministra enfatizou que o objetivo é apoiar projetos que solucionem desafios científicos e tecnológicos, fortalecendo cadeias produtivas baseadas na biodiversidade brasileira, desenvolvendo produtos, processos e serviços que agreguem valor às cadeias produtivas e sistemas agroalimentares, melhorando a qualidade de vida das populações locais e promovendo inclusão e eficiência produtiva.