Abril dá um respiro, mas exportações no Ceará acumulam queda de 33,8% no ano

Dados do Ceará em Comex revelam crescimento de 9,9% no mês passado, mas números seguem negativos.

Da Redação
25/05/24 • 19h10

O setor de peixes e crustáceos registrou um aumento de 48,4%. (Foto: Governo do Ceará)

Em abril, o Ceará exportou um total de US$ 109,98 milhões, um aumento de 9,9% em comparação com o mês anterior. Entretanto, no acumulado do ano, as exportações do Estado alcançaram US$ 418,93 milhões, marcando uma redução de 33,8% em relação ao mesmo período de 2023, conforme informações do estudo Ceará em Comex, produzido pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

O Estado ocupa a 17ª posição entre os exportadores do Brasil e a 4ª na região Nordeste. São Gonçalo do Amarante liderou as exportações estaduais, com 29,5% do total, seguido por Fortaleza com 13,7%, e Sobral com 11,2%. Destacaram-se nos aumentos das vendas internacionais os setores de peixes e crustáceos (48,4%), gorduras e óleos (49,0%) e combustíveis minerais (81,1%).

Os principais destinos das exportações do Ceará foram os Estados Unidos, com uma retração de 59,1%, a Coreia do Sul, com um aumento de 2.070,7%, e os Países Baixos, com uma queda de 6,2%.

Queda também nas exportações
No que se refere às importações, abril registrou US$ 250,42 milhões, uma queda de 10,5% em relação a março. No acumulado de 2024, as importações somaram US$ 976,17 milhões, uma leve queda de 1,8% comparado ao mesmo período do ano anterior. Os números colocam o Ceará como o 13º estado importador do Brasil e o 4º do Nordeste.

Fortaleza é o principal município importador, responsável por 27,4% do total, seguido por São Gonçalo do Amarante com 23,2% e Caucaia com 13,6%. Os setores que mais cresceram nas importações foram máquinas e materiais elétricos (26,8%), ferro fundido, ferro e aço (83,3%), e obras de ferro fundido, ferro ou aço (99,5%).

Os principais fornecedores internacionais para o Ceará foram a China, com um aumento de 17,1%, os Estados Unidos, com uma queda de 36,5%, e a Austrália, com um salto de 4.000%.