Terraplanagem para planta de H2V no Pecém deve começar até o fim de 2024

O Projeto Pecém está entre os prioritários do portfólio global da empresa australiana Fortescue.

Da Redação
18/07/24 • 10h00
O projeto deve gerar mais de 5 mil empregos na fase de construção. (Foto: Complexo do Pecém)

A empresa australiana Fortescue anunciou que as obras de terraplanagem da planta de hidrogênio verde (H2V) no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) devem começar até o fim deste ano. Em comunicado, a empresa destacou que o projeto recebeu “o apoio da diretoria por meio da decisão antecipada de investimento e se encontra na fase de viabilidade”. O Projeto Pecém está entre os prioritários de seu portfólio global, alinhado com o objetivo de descarbonização da indústria.

Segundo o comunicado, a Fortescue está finalizando as definições e ajustes do projeto de engenharia, que são importantes antes de iniciar a preparação da área da planta de hidrogênio verde, cumprindo todas as normativas socioambientais. A empresa também está discutindo detalhes com fornecedores atuais e potenciais para avançar na contratação de serviços e produtos locais necessários para o desenvolvimento do projeto.

“O Ceará tem grande potencial para liderar a transição energética no país. O anúncio da Fortescue é crucial para ratificar esse projeto e fortalecer a proposta de construção de um Hub de Hidrogênio Verde no estado. Com o avanço da regulamentação do H2V no Brasil, a expectativa é que mais empresas iniciem obras no Complexo do Pecém”, afirmou o governador do Ceará, Elmano de Freitas.

As seis empresas com pré-contratos assinados devem tomar decisões finais até 2026 para iniciar a produção no final de 2027. Hugo Figueirêdo, presidente do Complexo do Pecém, destacou a importância do anúncio da Fortescue para a economia do estado, afirmando que o hub de hidrogênio verde terá um impacto significativo nas gerações futuras de cearenses.

“O Brasil fez um importante avanço na regulamentação de uma indústria essencial para a descarbonização e a transição energética, passos fundamentais para a neoindustrialização verde da economia. A cadeia de valor do H2V beneficiará diversos setores industriais, como fertilizantes, cimento, aço e aviação”, afirmou Sebastián Delgui, gerente regional de Relações Governamentais da Fortescue para a América Latina.

A planta da Fortescue será desenvolvida no Setor 2 da ZPE Ceará, em duas etapas: Fases 1 e 2 – 1.200 MW e fase 3 – 900 MW. O projeto tem potencial para produzir 837 toneladas de hidrogênio verde por dia a partir do consumo de 2.100 MW de energia renovável. De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental, o projeto deve gerar cerca de 5 mil empregos na fase de construção.