Limitação na compra de arroz em supermercado de Fortaleza é caso pontual, diz Acesu

O posicionamento acontece após circular nas redes sociais um cartaz que limita a compra de uma marca em consequência das enchentes no Rio Grande do Sul.

Da Redação
09/05/24 • 09h34

O Grupo Lagoa informou que a restrição é para apenas uma marca, que está em promoção. (Foto: Reprodução)

Consumidores de um supermercado em Fortaleza foram surpreendidos nesta quarta-feira (8) com uma restrição na quantidade de arroz que poderiam adquirir. A medida foi implementada pelo Atacadão Lag, no bairro Mondubim, devido às chuvas intensas que afetam o Rio Grande do Sul, uma importante região produtora de arroz no País. Um aviso no estabelecimento informava que a compra do produto estava limitada a cinco unidades por CPF, por tempo indeterminado, como uma ação preventiva para garantir o acesso ao produto por todos os clientes.

A restrição provocou especulações sobre uma possível escassez do produto, levando a uma circulação de imagens da gôndola de arroz nas redes sociais, o que gerou temor de desabastecimento entre os consumidores. No entanto, Nidovando Pinheiro, presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), esclareceu que a situação é pontual e não reflete uma necessidade de corrida às compras pelo arroz.

Pinheiro explicou que a decisão do supermercado de limitar a venda do arroz foi uma precaução devido à suspensão temporária das vendas por parte dos produtores no início da semana. “A preocupação do estabelecimento era que o produto terminasse. O arroz estava no encarte, em promoção, e é comum restringir a venda para poder atender até o final da vigência do encarte. Como os produtores suspenderam a venda no início da semana, houve uma prevenção junto ao cliente para ele ter esse produto para poder atender a todos”, disse Pinheiro.

O Grupo Lagoa, responsável pelo supermercado, esclareceu que a restrição aplica-se apenas a uma marca específica, a Tio Manoel, que é produzida no sul do País e estava em promoção desde a semana anterior. Esta medida é vista como uma forma de distribuir equitativamente o produto em promoção entre os consumidores durante o período da oferta.

Em um contexto mais amplo, Pinheiro reiterou que não há, no momento, expectativa de desabastecimento de arroz no estado. Ele mencionou que, apesar das interdições viárias que podem dificultar a distribuição de alguns produtos, como embutidos, não se prevê uma falta iminente de produtos nos supermercados.

“Em algum momento pode haver alguma dificuldade na distribuição de produtos, principalmente de embutidos, como salsicha, linguiça ou presunto, mas não acredito que haverá falta de produtos nesse momento”, concluiu o presidente da Acesu.