Insegurança alimentar atinge mais de 3 milhões no Ceará, aponta IBGE

Levantamento diz que 35% dos domicílios cearenses enfrentam algum nível de insegurança alimentar.

Da Redação
25/04/24 • 13h03

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio é feita pelo IBGE e investiga diversas características socioeconômicas. (Foto: Agência Brasil)

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último trimestre de 2023, o Ceará registra um total de 3,4 milhões de pessoas vivendo com algum grau de insegurança alimentar. Este número representa uma parcela significativa da população que não tem acesso garantido a alimentos em quantidade ou qualidade suficientes.

A pesquisa revela que, apesar de mais da metade dos domicílios no Ceará ter acesso a alimentos em quantidade suficiente, cerca de 35,1% deles enfrentam algum nível de insegurança alimentar, afetando aproximadamente 3.455.000 moradores. Esta situação reflete desafios importantes no que diz respeito à disponibilidade alimentar adequada no Estado.

A insegurança alimentar é categorizada em três níveis de acordo com a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia): leve, moderada e grave. A maioria dos domicílios afetados apresenta insegurança alimentar leve, indicando que, embora haja alimentos, existe uma preocupação constante sobre a continuidade do acesso futuro, o que leva os moradores a comprometerem a qualidade da alimentação para estender a disponibilidade dos insumos.

Em nível moderado, a insegurança alimentar afeta 245 mil domicílios, impactando diretamente cerca de 724.000 pessoas, ou 7,7% da população do Ceará. Nesta condição, os moradores, principalmente os adultos, enfrentam restrições quantitativas de alimentos, evidenciando um cenário onde a alimentação já não atende adequadamente às necessidades do dia a dia.

Por fim, o nível grave de insegurança alimentar, caracterizado pela falta de alimentos para todos os membros do domicílio, incluindo crianças, é a realidade enfrentada por 546 mil pessoas no Estado.