Ceará registra aumento em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave

Boletim do InfoGripe alerta para crescimento de infecções virais; Covid-19 ainda preocupa no Estado, principalmente entre os idosos.

Da Redação
27/06/24 • 18h25

Segue sendo fundamental que as pessoas mantenham o cronograma de vacinação atualizado. (Foto: Prefeitura de Fortaleza)

O mais recente boletim do InfoGripe, publicado nesta quinta-feira (27), indica um aumento no número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Ceará, juntamente com outros nove estados. Esta elevação nos casos é atribuída aos vírus influenza A, sincicial respiratório (VSR) e rinovírus. No Ceará, em particular, o VSR continua a apresentar aumento na internação de crianças pequenas.

Apesar da tendência de estabilidade de SRAG observada nacionalmente tanto em longo quanto em curto prazo, a situação no Ceará requer atenção especial. A covid-19, apesar de manter níveis baixos de circulação em geral, emergiu como a principal causa de internações por SRAG entre os idosos no Estado nas últimas semanas.

Tatiana Portella, pesquisadora do InfoGripe, expressa preocupação com o leve aumento na atividade do vírus. “No entanto, esse início de atividade do vírus nas regiões Norte e Nordeste merece a nossa atenção nas próximas semanas. É importante que os hospitais e as unidades de síndrome gripal dessas regiões reforcem a atenção para qualquer sinal de aumento na circulação do vírus”, alerta.

Ainda segundo Tatiana, medidas preventivas são essenciais para controlar a disseminação dos vírus. Ela recomenda: “É importante que os elegíveis se vacinem tanto contra a influenza quanto contra a covid-19. Além disso, recomenda-se o uso de máscaras em locais fechados com maior aglomeração de pessoas e em postos de saúde, principalmente nas regiões com alta na circulação de vírus respiratórios”. Em caso de sintomas, a isolamento é aconselhado para evitar a transmissão do vírus a outros indivíduos, especialmente aqueles em grupos de risco.

No agregado nacional, há indício de estabilidade de SRAG tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas). Referente à Semana Epidemiológica 25, de 16 a 22 de junho, o estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 24 de junho.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (22,6%), influenza B (0,8%), vírus sincicial respiratório (47,2%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (6%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (47,1%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (21,5%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (22,4%).