Ceará lidera ranking nacional de crianças alfabetizadas na idade certa, indica MEC

Cerca de 85% das crianças cearenses alcançaram o patamar de alfabetização definido pelo Inep para o 2° ano do ensino fundamental.

Da Redação
29/05/24 • 00h20

85% das crianças cearenses estão alfabetizadas na idade certa. (Foto: Thiago Gaspar/Casa Civil)

O Ceará é o único estado brasileiro a ter mais de 80% das crianças alfabetizadas na idade certa, sabendo ler e escrever ao final do 2º ano do ensino fundamental. Este dado foi apresentado no primeiro relatório do novo indicador do Ministério da Educação, durante reunião do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, em Brasília, nesta terça-feira (28). O evento contou com a presença do presidente Lula, do ministro Camilo Santana, e de governadores, incluindo Elmano de Freitas, do Ceará.

“Esses dados mostram que estamos no caminho certo, mas ainda temos muito a avançar. O Governo do Ceará não tem medido esforços nem recursos para fazer a nossa educação crescer cada vez mais. Investir em educação é a garantia de um estado mais justo, humano e igualitário”, afirmou o governador Elmano de Freitas.

Segundo o relatório, 56% das crianças brasileiras alcançaram o patamar de alfabetização definido pelo Inep para o 2º ano do ensino fundamental, recuperando o desempenho anterior à pandemia de Covid-19. O indicador faz parte do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, lançado pelo MEC no ano passado, com o objetivo de garantir a alfabetização de todas as crianças do Brasil.

Para o presidente Lula, a união de todos pela educação brasileira é crucial para alcançar 100% das crianças alfabetizadas na idade certa. “Vamos acompanhar estados e municípios, orientando e divulgando boas práticas. Eu acho pouco 80%, mas é muito considerando o histórico do ensino fundamental deste país. Quando melhorarmos a qualidade da educação, a classe média vai preferir colocar seus filhos na escola pública. A experiência do Ceará é muito rica para quem quer resolver o problema da educação no Brasil”, destacou Lula.

O Compromisso contou com R$ 1 bilhão em investimentos para apoiar estados e municípios, assegurando que todos os estudantes brasileiros estejam alfabetizados ao final do 2º ano do ensino fundamental. Além disso, busca recompor as aprendizagens, com foco na alfabetização das crianças dos 3º, 4º e 5º anos afetadas pela pandemia.

Para continuar avançando, o MEC estabeleceu o monitoramento dos resultados como estratégia. Um sistema de avaliação censitária será realizado anualmente e padronizado em todo o país. Os professores têm acesso a uma plataforma para introduzir avaliações periódicas na rotina das escolas e educadores, seguindo o padrão nacional de desempenho de 743 pontos na escala do Saeb.

O ministro Camilo Santana destacou que a política se baseia na colaboração entre União, estados, Distrito Federal e municípios, inspirada na experiência do Ceará iniciada em 2007. “Ficamos felizes com a adesão de 100% dos estados e 98,8% dos municípios. Nós acreditamos que qualquer política pública de educação básica deve ser um pacto federativo, com protagonismo dos estados, municípios, redes e professores”, afirmou.

O MEC estabeleceu metas progressivas para os próximos anos, visando que todas as redes estejam no nível 5 de alfabetização até 2030, nível já alcançado pelo Ceará atualmente.