Ceará chega a 64 açudes sangrando em 2024

Outros 14 reservatórios operam com mais de 90% de sua capacidade.

Da Redação
15/04/24 • 19h10

(Foto: Ascom Cogerh)

A situação dos açudes no Ceará traz uma combinação de notícias boas e alertas para a gestão hídrica do estado. O fato de 64 reservatórios estarem sangrando, incluindo o Açude Benguê que não transbordava há 13 anos, reflete a recuperação significativa das reservas hídricas na região. Este fenômeno é resultado das boas chuvas que algumas áreas do estado têm recebido, o que aumenta o otimismo quanto à segurança hídrica e ao potencial para atividades agrícolas e de abastecimento.

Além do Açude Benguê, os açudes Olho d’Água, Cachoeira, Santo Antônio de Russas e Ubaldinho sangraram neste fim de semana. Já o Maranguapinho, na Região Metropolitana de Fortaleza, e Riacho do Sangue, Solonópole, atingiram o ponto de sangria nesta segunda (15) , evidenciando os bons aportes aos reservatórios em algumas regiões do estado.

Atualmente, além dos 64 açudes gerenciados pela Cogerh que estão vertendo, 14 reservatórios operam com mais de 90% de sua capacidade total. Outras bacias hidrográficas da região norte do Estado mantêm ótimo nível volumétrico, com o Coreaú em 98%, o Acaraú em 95% e o Litoral com 100% da capacidade total acumulada.

Por outro lado, a situação dos açudes nos Sertões de Crateús, com apenas cerca de 23% de sua capacidade preenchida, é um lembrete de que a distribuição de chuvas no Ceará é altamente variável. A região dos Sertões de Crateús, conhecida por seu clima semiárido, frequentemente enfrenta desafios significativos devido à irregularidade das precipitações, o que exige uma gestão de recursos hídricos extremamente cuidadosa e planejada para evitar crises de abastecimento e impactos negativos nas atividades locais.