
Ceará adere ao Sistema de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos
186 cearenses já manifestaram interesse em doar órgãos por meio da plataforma AEDO
Da Redação
06/08/24 • 12h43

Desde o início de suas operações em abril, o Sistema de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, Tecidos e Partes do Corpo Humano (AEDO) já registrou a manifestação de 186 cearenses dispostos a doar. Iniciativa dos cartórios de Notas, a plataforma e-Notariado ou o site www.aedo.org.br têm permitido que 8.387 pessoas em todo o Brasil se cadastrem gratuitamente e confirmem o desejo de doar órgãos via videoconferência com um tabelião. Coração, córneas, fígado, intestino, medula, músculo esquelético, pâncreas, pele, pulmão, rins e valva podem ser doados integralmente ou individualmente.
No Nordeste, a adesão ao sistema AEDO já conta com 1.043 manifestações, sendo 186 do Ceará, 293 da Bahia, 157 de Pernambuco, 71 de Sergipe, 100 da Paraíba, 68 do Maranhão, 64 do Piauí, 71 do Rio Grande do Norte e 33 de Alagoas. São Paulo lidera a adesão no sistema com 2.809 cadastros, seguido pelo Rio de Janeiro (747), Minas Gerais (684), Pará (680), Santa Catarina (559), Rio Grande do Sul (469), Distrito Federal (366), Goiás (205), Espírito Santo (173), Pará (169), Mato Grosso (131), Mato Grosso do Sul (115), Amazonas (107), Rondônia (44), Tocantins (43), Acre (24), Amapá (11) e Roraima (8).
Com 43,7 mil pessoas na fila por um transplante no Brasil até 13 de julho, a AEDO oferece esperança a muitas famílias. Cícero Mazzutti, presidente em exercício da Associação dos Notários e Registradores do Ceará (Anoreg-CE), destacou a facilidade do processo: “Com um celular ou computador e acesso à internet, é possível realizar esse ato de solidariedade a qualquer momento. A certidão é válida por prazo indeterminado e pode ser revogada em caso de arrependimento.” Alternativamente, o processo pode ser feito presencialmente em um cartório de Notas.
Em caso de falecimento, as autoridades de saúde podem acessar o banco de dados dos cartórios para respeitar a vontade manifestada em vida, caso a família não tenha conhecimento. Atualmente, a maior demanda é por transplantes de rim, com mais de 40 mil pessoas aguardando. Em seguida, estão fígado, coração, pâncreas, pulmão e multivisceral. O tempo médio de espera é de um ano e meio, variando conforme o tipo de transplante, a saúde do paciente e a lista de doadores. O Brasil é referência no transplante de órgãos, ocupando a quarta posição no ranking mundial.