
Bicentenário da Confederação do Equador é celebrado no Palácio da Abolição
Com homenagens e aula magna, o evento abriu a programação comemorativa aos 200 anos do movimento revolucionário nordestino
Da Redação
27/06/24 • 20h05

Em 1824, o espírito de liberdade se fortaleceu nos sertões nordestinos contra a opressão monárquica do imperador dom Pedro I. Esse movimento revolucionário foi chamado de Confederação do Equador. 200 anos depois, os ideais de independência e justiça das províncias, agora estados da Região Nordeste, são relembrados com uma diversa programação. Nesta quinta-feira (27), o Governo do Ceará realizou, no Palácio da Abolição, uma solenidade em alusão ao Bicentenário da Confederação, com presenças de autoridades e estudantes.
O evento abriu a programação comemorativa com a entrega da medalha padre Mororó a personalidades e a realização da aula magna ministrada pelo professor e escritor Filomeno Moraes, da Universidade Estadual do Ceará (Uece). A comemoração é realizada em parceria pelo Governo do Ceará, por meio da Casa Civil e da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf) e Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará (Instituto do Ceará).
O assessor especial de Assuntos Municipais, Artur Bruno, reafirma que o Estado do Ceará tem compromisso com a valorização da história. “Uma sociedade que no presente não valoriza a sua história não terá futuro. Nós temos que saber quem somos, qual é a nossa identidade, por qual motivo chegamos aonde chegamos, evoluímos e temos que continuar evoluindo em todos os aspectos. É isso que nós fazemos”, afirma.
A titular da Secult, Gecíola Fonseca, destaca que o movimento nordestino foi um marco de resistência e luta por liberdade para a construção do Brasil. “Nossa terra sempre foi fértil para a produção cultural e intelectual, e também para o fornecimento de ideias e movimentos que visam o bem comum. Este momento simboliza a contribuição [do Ceará] para a preservação dos ideais de justiça, democracia e liberdade que guiaram os que lutaram na Confederação do Equador, dentre eles, padre Mororó e Bárbara de Alencar”, citou.
O ex-governador Lúcio Alcântara, homenageado com a medalha padre Mororó, destacou a importância da memória histórica. “O Nordestino, pela sua altivez, tem prestado um enorme serviço à pátria. O Nordeste tem que se orgulhar disso, tem que lembrar disso, tem que festejar isso. A nossa participação na história do Brasil, antiga e recente, é valiosa, é substantiva e nós temos que ter orgulho disso porque foi a custo de heróis, conhecidos e anônimos, que ajudaram a fazer a grandeza do Brasil”, ressaltou.