Águas da Transposição do Rio São Francisco começam a chegar ao Açude Castanhão

As águas da transposição se somaram as chuvas que atingiram o Estado durante o mês de fevereiro, o que causou o aumento da reserva do Açude Castanhão, que hoje se encontra com 24,71%.

Da Redação
05/03/24 • 08h10

A partir de Missão Velha, as águas percorreram um total de 300km até o açude Castanhão. (Foto: Governo do Ceará)

No último dia 16 de fevereiro, o Ceará testemunhou um marco importante no gerenciamento de seus recursos hídricos com a liberação das águas da Transposição do Rio São Francisco ao Açude Castanhão, que já está sendo abastecido pelo “Velho Chico”. Essa medida estratégica foi uma resposta do Estado às precipitações abaixo da média, visando a mitigar os impactos da escassez hídrica.

A solicitação para a liberação das águas foi feita pelo governador do estado, Elmano de Freitas, ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). O percurso das águas iniciou-se na comporta do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), localizada no município de Missão Velha, estendendo-se por 300 km até o Açude Castanhão, atravessando o Riacho Seco, o Rio Salgado e o Rio Jaguaribe.

Robério Monteiro, Secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, destacou que a chegada das águas é de vital importância para cerca de 4,5 milhões de habitantes do Estado. “A transferência de água, que ocorreu dentro do tempo previsto por conta do solo úmido e a presença de água corrente no percurso até o Castanhão, representa um aumento significativo na garantia hídrica humana da Região Metropolitana de Fortaleza, além da melhora na oferta de água para a atividade produtiva rural do Vale do Jaguaribe, ação importante diante do cenário de El Niño”.

Dados recentes do Portal Hidrológico do Ceará indicam que, com a adição das águas da transposição e as chuvas de fevereiro, o Açude Castanhão viu sua reserva aumentar para 24,71% de sua capacidade total, um incremento notável comparado ao mesmo período do ano anterior, que registrou uma marca 4,99% menor.

O Sistema de Recursos Hídricos do Estado agora foca no gerenciamento dessas águas, respeitando os termos acordados nas reuniões de alocação participativa, e adaptando o uso da água conforme as necessidades específicas de cada região afetada.