Azul avança em negociações com credores, mas ainda não firma acordos definitivos

Companhia aérea busca reestruturação de dívida e aumento de capital em meio a discussões com arrendadores.

Da Redação
30/09/24 • 15h59

A Azul vive a crise mais severa desde sua criação. (Foto: Divulgação)

Na última sexta-feira (27), a Azul informou que as negociações com seus credores estão progredindo em bom ritmo, mas que, até o momento, não foram firmados acordos vinculantes para a reestruturação de sua dívida, especialmente com arrendadores de aeronaves. A companhia aérea esclareceu, em comunicado ao mercado, que os termos de uma eventual reestruturação ainda estão em discussão e dependem de definições entre as partes envolvidas.

A resposta veio após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionar a empresa sobre uma matéria da Exame, publicada na quarta-feira, que afirmava que a Azul teria chegado a um acordo com 90% dos arrendadores e que um aumento de capital poderia ocorrer ainda em outubro.

Apesar da cautela no comunicado, a Azul destacou o apoio dos “stakeholders” nas conversas sobre a otimização de sua estrutura de capital, o que tem permitido que as negociações avancem. No entanto, a empresa não forneceu mais detalhes sobre os possíveis acordos ou sobre o andamento das tratativas.

Na mesma sexta-feira, as ações da Azul fecharam em alta de 6%, destacando-se como o principal desempenho do Ibovespa, que recuou 0,21% no dia. Em setembro, a Reuters divulgou que a companhia aérea estava perto de um acordo com arrendadores de aviões, oferecendo ações para quitar aproximadamente 600 milhões de dólares em dívidas.