Petrobras foca em exploração e produção de petróleo e gás em novo plano estratégico
Empresa busca recomposição de reservas e reforça transição energética em novo planejamento 2025-2029.
Da Redação
17/09/24 • 09h07
A Petrobras terá um enfoque mais direcionado para a exploração e produção de petróleo e gás natural em seu próximo plano estratégico (2025-2029), em comparação ao planejamento anterior, informou o diretor-executivo financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo, em entrevista à Reuters nesta segunda-feira (16).
“Cada gota de óleo, na nossa visão, é importante para a companhia, desde que haja viabilidade econômica. Isso representa uma grande mudança em relação ao plano anterior”, afirmou Melgarejo.
O executivo também destacou que a Petrobras buscará, com maior ênfase, a recomposição de suas reservas de petróleo e gás, considerando a previsão de redução a partir de 2030 no atual planejamento. “Essa perspectiva de diminuição gera desconforto para a diretoria atual, e o foco será recompor as reservas ao máximo possível, sem desconsiderar a transição energética, mas um ponto não deve ofuscar o outro”, acrescentou.
A transição energética continuará sendo parte importante do planejamento da Petrobras, que prevê US$ 11,5 bilhões em investimentos em projetos de baixo carbono até 2028, representando 11% do investimento total. Esse montante supera o valor previsto no plano anterior (2023-2027), que destinava US$ 4,4 bilhões para ativos de baixo carbono.
Entretanto, Melgarejo indicou que poderá haver ajustes na expectativa de curto prazo quanto à transição energética, destacando que o Brasil é um dos países “mais limpos” em termos de emissão de CO2, devido à predominância de energia hidrelétrica, biocombustíveis, além do crescente uso de energia solar e eólica.
“A Petrobras não é um grande problema nesse sentido. Somos um país limpo e, a cada dia, buscamos deixar nossa produção com menores emissões de CO2”, concluiu Melgarejo.
O plano estratégico da Petrobras ainda está em desenvolvimento, e o executivo não forneceu detalhes sobre o potencial crescimento dos investimentos ou como serão distribuídos.