
Indústria registra menor criação de empregos formais em 2023, mas mantém os maiores salários
Setores de serviços e construção civil lideram a geração de empregos formais no país.
Da Redação
13/09/24 • 10h00

A indústria, setor que paga os maiores salários médios aos trabalhadores brasileiros com carteira assinada, foi o segmento que menos criou vagas de emprego formais ao longo de 2023, de acordo com dados preliminares da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Apesar disso, o setor continua a oferecer as melhores remunerações médias, com salários que chegaram a R$ 4.181,51 no ano passado.
No total, os cinco principais setores econômicos criaram 1.511.203 postos de trabalho, elevando o número de vínculos formais no setor privado para 44.469.011 até dezembro de 2023, um crescimento de 3,5% em comparação a 2022. O destaque ficou para a construção civil, que gerou 181.588 novos vínculos (alta de 6,8%), e o setor de serviços, responsável pela criação de 962.877 vagas (alta de 4,8%). Já o comércio e a agropecuária cresceram 2,1% e 1,9%, respectivamente.
A indústria, no entanto, teve o menor crescimento entre os setores, com um incremento de 121.318 vínculos, equivalente a um aumento de 1,4%. Mesmo assim, o setor industrial se manteve como o de maior salário médio, seguido pelos setores de serviços (R$ 3.714,89), construção civil (R$ 3.093,97), comércio (R$ 2.802,51) e agropecuária (R$ 2.668,58). No geral, os salários médios dos trabalhadores formais subiram 3,6%, alcançando R$ 3.514,24.
A Região Sudeste continua concentrando a maior parte dos empregos formais do país, com 51,2% dos vínculos. No entanto, as regiões Norte (5,4%), Nordeste (4,2%) e Centro-Oeste (4,2%) registraram os maiores crescimentos percentuais.
Em 2023, as mulheres ocuparam 40,9% dos empregos formais no setor privado. Em termos de faixa etária, houve uma ligeira redução no número de empregados formais com até 39 anos de idade, enquanto o número de trabalhadores mais velhos, principalmente entre 40 e 49 anos, apresentou crescimento.
Além disso, o grupo de trabalhadores estrangeiros que mais cresceu foi o dos venezuelanos, que somaram 124.607 vínculos formais, seguidos pelos haitianos (44.481) e paraguaios (13.469). A inclusão de pessoas com deficiência também teve um leve aumento, com 1,28% dos empregados formais no país apresentando algum tipo de deficiência, especialmente deficiências físicas ou múltiplas.