
Uso de Vape ou cigarros eletrônicos aumenta o risco de doenças cardíacas
O uso de cigarros eletrônicos, que continua proibido no Brasil, apresenta sérios riscos à saúde, alerta especialista.
Da Redação
10/09/24 • 15h10

A influenciadora Fernanda Schneider, conhecida nas redes sociais como “Fefe”, compartilhou em vídeo que foi diagnosticada com inflamação no pulmão após sentir fortes dores no peito e dificuldade para respirar. O diagnóstico, de acordo com Fefe, foi consequência do uso prolongado de cigarro eletrônico (vape), que ela começou a utilizar aos 15 anos, enquanto morava nos Estados Unidos. Em sua publicação, Fefe revelou que, embora nunca tivesse falado sobre o hábito, já faz uso do dispositivo há sete anos.
Em abril deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reafirmou a proibição da comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil. Embora o uso individual não seja abordado pela norma, o uso desses dispositivos em ambientes fechados coletivos está proibido e sujeito a penalidades, como multa e interdição.
A popularidade dos vapes cresceu devido à promessa de serem menos prejudiciais que os cigarros convencionais. No entanto, a Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que a maioria desses dispositivos contém altos níveis de nicotina, substância responsável pela dependência.
Estudos recentes apontam que o uso de cigarros eletrônicos aumenta o risco de doenças cardíacas em até 20%. De acordo com Pablo Germano de Oliveira, cardiologista e professor do Instituto de Educação Médica (IDOMED), o uso desses dispositivos está associado a doenças graves como câncer, infarto do miocárdio e lesões pulmonares conhecidas como ‘Evali’. “Os riscos são equiparáveis ou até maiores do que os associados ao cigarro convencional”, afirma.
Apesar da proibição, uma pesquisa de 2023 conduzida pelo Ipec revelou que 2,9 milhões de brasileiros utilizam cigarro eletrônico.