
Expectativa de vida no Brasil sobe para 76,4 anos, superando pré-pandemia, aponta IBGE
Projeções indicam envelhecimento acelerado da população, com expectativa de vida podendo atingir 83,9 anos até 2070.
Da Redação
22/08/24 • 20h10

A expectativa de vida ao nascer no Brasil subiu para 76,4 anos em 2023, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (22). Este número representa uma recuperação após o impacto negativo da pandemia de covid-19, que havia reduzido a esperança de vida para 72,8 anos em 2021.
Em termos de gênero, a expectativa de vida para as mulheres é de 79,7 anos, enquanto para os homens é de 73,1 anos. O IBGE também revisou dados anteriores, indicando que em 2019, um ano antes da pandemia, a expectativa de vida era de 76,2 anos.
A pandemia de covid-19 causou uma queda acentuada na expectativa de vida em 2020 e 2021, mas os números mostram uma recuperação gradual desde então. A expectativa de vida em 2023 já supera a de 2019, sinalizando um retorno à tendência histórica de aumento.
O IBGE prevê que a expectativa de vida continuará a aumentar nas próximas décadas, podendo chegar a 77,8 anos em 2030 e a 83,9 anos em 2070. Para as mulheres, a expectativa pode atingir 86,1 anos até 2070, enquanto para os homens, a projeção é de 81,7 anos.
Além disso, o país deve enfrentar um rápido envelhecimento populacional. A proporção de idosos, que era de 8,7% em 2000, subiu para 15,6% em 2023 e pode alcançar 37,8% em 2070. Este aumento está associado à elevação da expectativa de vida e à queda na taxa de fecundidade.
A taxa de mortalidade infantil também apresentou uma significativa redução, passando de 28,1 por mil nascidos vivos em 2000 para 12,4 por mil em 2022. As projeções indicam que essa taxa continuará a diminuir, chegando a 5,8 por mil em 2070.
A pesquisadora do IBGE, Cíntia Agostinho, destacou que o país está retomando a tendência de aumento na expectativa de vida após o choque de mortalidade causado pela pandemia. Além disso, espera-se uma redução das diferenças entre homens e mulheres, impulsionada por uma queda nos óbitos por causas externas.