
BNDES e governo do Ceará assinam contrato de R$ 251,6 milhões para projeto Sertão Vivo
Iniciativa beneficiará 63 mil famílias em 72 municípios do estado, promovendo resiliência climática e acesso à água.
Da Redação
22/08/24 • 16h20

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo do Ceará formalizaram, nesta quarta-feira (21), um contrato de R$ 251,6 milhões para a implementação da iniciativa Sertão Vivo. Assinado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, o acordo beneficiará 63 mil famílias de agricultores familiares em 72 municípios cearenses, especialmente aqueles que enfrentam vulnerabilidades sociais, climáticas, hídricas e alimentares.
O projeto Sertão Vivo tem como objetivo melhorar o acesso à água para a produção rural e implementar Sistemas Produtivos Resilientes ao Clima. Esta iniciativa é uma colaboração entre o BNDES e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), da Organização das Nações Unidas (ONU), direcionada ao semiárido nordestino. No total, R$ 1,8 bilhão será destinado a municípios de todos os estados do Nordeste, beneficiando quase 500 mil famílias, cerca de 2 milhões de pessoas.
A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou a importância do contrato firmado com o Ceará, que é o primeiro estado do Nordeste a assinar o acordo. “São R$ 250 milhões, chegando a 250 mil pessoas no rural cearense. Um projeto que vai ser referência também para o mundo, gerando resiliência climática, aumentando a produção de alimentos, enfrentando a pobreza, enfrentando a crise climática”, afirmou Campello.
Do total de recursos destinados ao Ceará, R$ 212 milhões serão fornecidos na forma de financiamento ao estado, enquanto os R$ 39,6 milhões restantes são não reembolsáveis. Esses recursos permitirão a implantação de sistemas produtivos adaptados ao clima, como quintais produtivos e sistemas agroflorestais com espécies nativas da caatinga. Além disso, serão construídos reservatórios de água para uso na agricultura, incluindo cisternas-calçadão, barreiros trincheira e barragens subterrâneas.
As ações estão alinhadas às diretrizes do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 do Ceará e ao planejamento de longo prazo do estado (Ceará 2050), que priorizam a redução da pobreza rural, o acesso à água, a elevação do padrão de vida dos agricultores familiares, a inclusão socioeconômica e a sustentabilidade ambiental.