
Presidente da Cagece é convocado para depor sobre denúncias de irregularidades na CPI
Comissão investiga acusações de empreguismo, nepotismo e desvio de recursos na empresa responsável pelo abastecimento de água e saneamento de Fortaleza.
Da Redação
20/08/24 • 09h50

O presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Neuri Freitas, foi convocado para depor nesta quarta-feira (21), ao meio-dia, na Câmara Municipal de Fortaleza. O depoimento marca a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que foi instalada para investigar uma série de denúncias de irregularidades na administração da empresa, que incluem empreguismo, nepotismo e desvio de recursos.
A Cagece, uma empresa municipal administrada pelo Governo do Estado por concessão da Prefeitura de Fortaleza, enfrenta críticas e tensões políticas crescentes entre as autoridades estaduais e municipais. A Prefeitura, insatisfeita com a gestão da Cagece, tem aplicado multas à empresa por transtornos em ruas e avenidas da Capital. Além disso, a administração municipal tem questionado a permanência da concessão, considerando a possibilidade de reassumir o controle da empresa.
As denúncias contra a Cagece, segundo vereadores de Fortaleza, incluem a alteração dos estatutos da empresa para favorecer a contratação de parentes de políticos influentes, como um cunhado da ex-governadora Izolda Cela e o pai do ex-governador Camilo Santana. Além disso, há críticas sobre a alta quantidade de terceirizados no interior do estado, especialmente em Aquiraz, onde um irmão do presidente da Cagece é candidato a vereador.
A CPI é presidida pelo vereador Iraguassu Filho e tem o vereador Lúcio Bruno como relator. Após o depoimento de Neuri Freitas, a comissão planeja ouvir representantes das agências reguladoras e requisitar documentos, incluindo o contrato de compra e venda do imóvel onde atualmente funciona a diretoria da Cagece.