
Projeto Cientista Chefe das Mulheres é lançado para combater a violência de gênero no Ceará
Parceria entre a Secretaria das Mulheres e universidades cearenses busca mapear dados e subsidiar políticas públicas.
Da Redação
02/08/24 • 07h58

O Projeto Cientista Chefe das Mulheres, uma parceria entre a Secretaria das Mulheres (SEM) e as universidades estaduais do Ceará (Uece) e Regional do Cariri (Urca), foi lançado nesta quinta-feira (1º) no Palácio da Abolição. O objetivo é mapear a violência contra a mulher no estado e subsidiar novas ações.
O lançamento do projeto contou com a presença de diversas autoridades, incluindo a vice-governadora e secretária das Mulheres, Jade Romero, o secretário de Segurança e Defesa Social (SSPDS), Roberto Sá, a secretária da Igualdade Racial, Zelma Madeira, e a secretária da Juventude, Adelita Monteiro.
Iniciando as ações do Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres, Jade Romero destacou a importância da união entre governo e ciência. “Estamos em um mês de conscientização contra a violência contra nós mulheres, mas também de ações concretas. Estamos lançando o programa Cientista Chefe, que traz a Uece e a Urca e todo o conhecimento produzido nessas universidades, para trazer relatórios, observar os dados e também [ajudar a] formular as políticas públicas para que a gente tenha a ciência a serviço da sociedade e da proteção das mulheres”.
O projeto é realizado pelo Observatório de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Observem) em parceria com o Laboratório de Geoprocessamento e Estudos Aplicados (LabGeo) da Uece e o Observatório da Violência e dos Direitos Humanos da Urca.
Com duração inicial de dois anos e um investimento de R$ 2.978.200,00, o projeto busca cumprir as metas do Plano Ceará 2050, promovendo um Ceará livre da violência doméstica contra a mulher e uma governança participativa. O titular da SSPDS, Roberto Sá, parabenizou a iniciativa e destacou o compromisso com o tema de enfrentamento à violência contra a mulher. “Essa é uma luta de todos nós, pois é um tema muito importante para a nossa sociedade, que ainda é muito machista, preconceituosa e violenta. É um desafio diário, para todos nós, trabalharmos nesse contexto social, cultural e institucional, mas não iremos desistir de mudar essa realidade.”
Dentro do projeto serão gerados produtos como uma plataforma web com API para integração de bancos de dados com informações sobre a violência contra as mulheres e população LGBTQIA+ no Ceará; relatório de indicadores de enfrentamento da violência; protocolo unificado de atendimento às mulheres em situação de violência; e o fortalecimento das ações do Observatório da Violência e dos Direitos Humanos da Região do Cariri.