Brasil gera mais de 201 mil empregos em junho, 29,5% a mais do que em 2023

Valor foi divulgado pelo Novo Caged nesta terça-feira (30).

Da Redação
31/07/24 • 11h14

Foram mais de 2,071 milhões de admissões no último mês. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Brasil fechou o mês de junho com saldo positivo de 201.705 empregos com carteira assinada, um aumento de 29,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse resultado veio de 2.071.649 admissões e 1.869.944 desligamentos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Os cinco principais setores de atividades registraram saldos positivos em junho. O setor de serviços criou 87.708 empregos, o comércio gerou 33.412 postos, a indústria somou 32.023 vagas, a agropecuária contribuiu com 27.129 empregos e a construção civil gerou 21.449 postos. O setor industrial teve destaque com um crescimento de 165% em relação a junho do ano passado.

No acumulado do ano, de janeiro a junho de 2024, o saldo é de 1.300.044 empregos, enquanto nos últimos 12 meses, até junho de 2024, foram geradas 1.727.733 vagas. No entanto, o Rio Grande do Sul apresentou saldo negativo de -8.569 empregos devido às enchentes de maio. Apesar disso, o estado mostra sinais de recuperação em relação à perda de 22.180 empregos registrada em maio. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, comentou que o resultado foi melhor do que o esperado.

O salário médio real de admissão em junho foi de R$ 2.132,82, uma queda de R$ 5,15 (-0,2%) em comparação com maio, mas um aumento real de R$ 43,28 (+2,1%) em relação ao mesmo mês do ano anterior. O ministro Luiz Marinho ressaltou a necessidade de retomar a redução dos juros para melhorar os salários e reduzir a informalidade.

Marinho enfatizou que a redução dos juros é essencial para estimular o crédito e o investimento, o que por sua vez gera empregos. O Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu o ciclo de corte de juros em junho, mantendo a taxa Selic em 10,5% ao ano.

O ministro espera que o saldo de empregos no acumulado de 2024 chegue a 2 milhões, destacando a importância de políticas econômicas que favoreçam a geração de empregos e o crescimento do mercado de trabalho.