Pesquisadora brasileira vai presidir Sociedade Internacional de Aids

Beatriz Grinsztejn será a primeira mulher latino-americana a presidir a IAS.

Da Redação
23/07/24 • 22h10
Beatriz é pesquisadora do Núcleo de Infectologia da Fiocruz. (Foto: Antonio Fuchs)

A infectologista brasileira Beatriz Grinsztejn será a primeira mulher latino-americana a presidir a International Aids Society (IAS). Ela assumirá o cargo para o biênio 2024-2026 na próxima sexta-feira (26), durante o encerramento da 25ª Conferência Internacional sobre Aids, em Munique, na Alemanha.

Beatriz, pesquisadora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), pretende compartilhar as experiências do Brasil no tratamento e prevenção do HIV. Ela destaca que o país é referência, oferecendo acesso universal e gratuito aos melhores tratamentos através do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Aqui no Brasil, temos acesso a tratamentos e prevenção de alta qualidade, diferentemente de muitos países da América Latina onde a profilaxia pré-exposição ainda não está disponível no sistema público de saúde,” disse Beatriz em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Beatriz também enfatiza a necessidade de aumentar recursos para pesquisa e melhorar a credibilidade científica. “O Brasil continua se destacando internacionalmente, mas precisamos de mais visibilidade e recursos para pesquisa. Nossa função é fomentar a ciência como base para políticas públicas e assegurar que as discussões sejam sempre baseadas em evidências científicas,” afirmou.

A 25ª Conferência Internacional sobre Aids, que ocorre de 22 a 26 de julho, reunirá 15 mil participantes. Organizada pela IAS, o evento contará com a presença de pessoas que vivem, são afetadas ou trabalham com HIV e aids. Representantes do Ministério da Saúde do Brasil estarão presentes para compartilhar resultados das iniciativas brasileiras na resposta ao HIV.