Falta de saneamento afeta 75% dos que ganham até um salário mínimo

Levantamento foi feito pela Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto.

Da Redação
04/07/24 • 11h50

75,% das pessoas sem acesso à rede de água vivem com até um salário mínimo. (Foto: Reprodução)

A Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon-Sindcon) divulgou nesta quinta-feira (4) um levantamento que mostra que os mais pobres são os mais afetados pela falta de saneamento básico no país.

De acordo com o Panorama da Participação Privada no Saneamento, 75,3% das pessoas que não têm acesso à rede de água vivem com até um salário mínimo. O levantamento também revela que 74,5% das pessoas sem acesso à rede de coleta de esgoto têm rendimento mensal abaixo de um salário mínimo.

Os níveis de coleta de esgoto e fornecimento de água superam 90% entre as pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos. A universalização do saneamento no país está prevista para 2033, conforme o marco legal do setor.

“Após quatro anos em vigor, o Marco Legal do Saneamento conseguiu aumentar investimentos e promover avanços importantes, mas ainda temos grandes desafios até a universalização dos serviços de água e esgoto em 2033. O saneamento precisa ser uma prioridade nacional, inclusive na reforma tributária”, afirmou a diretora executiva da Abcon-Sindcon, Christianne Dias.