Caprichoso é campeão de Parintins pela terceira vez consecutiva

Com a soma das notas, o lado azul somou 1259,3 pontos.

Da Redação
01/07/24 • 21h20

A decisão foi definida por 1 décimo. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Pelo terceiro ano consecutivo, o boi Caprichoso é o campeão do Festival de Parintins. Na apuração realizada no Bumbódromo, o Caprichoso saiu na frente com as notas da primeira noite de apresentações, empatou com o boi Garantido nas notas da segunda noite, e garantiu a vitória com 1.259,3 pontos após a apuração das notas da terceira noite de apresentação.

Com esse resultado, o Garantido continua sem vencer desde 2019. Em 2020 e 2021, o festival não foi realizado devido à pandemia de covid-19. O boi Garantido terminou a apuração com 1.259,2 pontos, um décimo a menos que o campeão.

O Festival de Parintins, considerado patrimônio cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), está ligado à tradição cultural do Boi-Bumbá. O evento gira em torno de uma lenda sobre a ressurreição do boi. O Caprichoso tem o azul como cor principal, enquanto a torcida também usa tons de verde escuro, verde mar, violeta, roxo e lilás. No Curral Zeca Xibelão, casa do Caprichoso, não são permitidas as cores do concorrente.

O vermelho é a cor principal do Garantido, que também utiliza tons de laranja, rosa claro e escuro, rosé e terracota. No Curral Lindolfo Monteverde, não são permitidas as cores do rival. As baterias dos bois também têm designações diferentes: no Garantido é a batucada, e no Caprichoso é a marujada.

O boi Caprichoso apresentou o tema “Cultura – O Triunfo do Povo” em sua performance. Segundo o site do Caprichoso, a narrativa celebra a criação de Parintins por deuses e deusas, destacando os talentos e saberes do povo local como expressão divina. “O tema é muito baseado na narrativa do triunfo da vitória da cultura popular”, afirmou o presidente do Caprichoso, Rossy Amoedo.

O tema do Garantido em 2024 foi “Segredos do Coração”, abordando origem e ancestralidade. Segundo o presidente Fred Góes, o boi vermelho quis mostrar a Amazônia e suas origens a partir do mito do povo indígena Sateré-Mawé. Góes destacou a importância de olhar com mais carinho para a Amazônia e sua preservação, refletindo sobre a história geológica e mitológica da região.

Antes da apuração, o secretário de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, Marcos Apolo Muniz, enfatizou que o festival celebra a identidade do povo amazônida. “Aqui não é só a festa pela festa, estamos falando de representatividade da cultura do amazonense, do amazônida, da Amazônia, de geração de emprego e renda, de oportunidades, de economia aquecida, de promoção do estado. É um festival que, como se diz popularmente, rende o ano todo”, afirmou.