
OMS alerta para variante mais perigosa de mpox
República Democrática do Congo enfrenta, desde 2002, surto da doença.
Da Redação
28/06/24 • 19h20

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para uma variante mais perigosa da mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos. Segundo a OMS, a República Democrática do Congo enfrenta um surto da doença desde 2022, com intensa transmissão do vírus entre humanos, levando a uma mutação desconhecida.
Dados da OMS mostram que a nova variante 1b na África Central tem uma taxa de letalidade de mais de 10% entre crianças pequenas. Em comparação, a variante 2b, que causou a epidemia global de mpox em 2022, teve uma letalidade de menos de 1%. Atualmente, há mais de 95 mil casos confirmados da doença em 117 países e mais de 200 mortes.
Rosamund Lewis, líder técnica sobre varíola dos macacos do Programa de Emergências Globais da OMS, destacou que o número de casos é impressionante, considerando que até recentemente havia apenas alguns milhares de casos relatados globalmente. A especialista ressaltou que um surto específico no leste da República Democrática do Congo, desde setembro de 2023, é causado por uma cepa de mpox com mutações não documentadas, sugerindo transmissão de humano para humano.
A mpox é uma doença viral zoonótica. A transmissão para humanos pode ocorrer por contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas e materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. O período de incubação varia de três a 16 dias, podendo chegar a 21 dias. As erupções na pele começam dentro de um a três dias após o início da febre e podem se concentrar no rosto, mãos, pés, boca, olhos, órgãos genitais e ânus.