Ex-servidores de Beberibe são presos por suposta participação em “rachadinha”

Durante a operação, foram presos temporariamente três ex-servidores da Câmara Municipal.

Da Redação
25/06/24 • 12h30

Sete mandados de busca e apreesão foram cumpridos. (Foto: Divulgação)

O Ministério Público do Estado do Ceará, através do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e com apoio da Polícia Civil, deflagrou nesta terça-feira (25) a 2ª fase da Operação “Vila Rica”. A ação investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos por meio da prática de “rachadinha” na Câmara de Vereadores de Beberibe. Durante a operação, foram presos temporariamente três ex-servidores da casa legislativa.

Além das prisões, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas residências de quatro ex-servidores da Câmara, uma servidora da Prefeitura e um empresário local, além de um na sede da Prefeitura de Beberibe. Foram apreendidos documentos, aparelhos celulares e computadores, que auxiliarão nas investigações do Gecoc. Os investigados poderão responder por associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

A investigação do Ministério Público apontou a existência do suposto esquema, que estaria sendo organizado por um vereador e seu irmão. O desvio de recursos públicos ocorreria através da contratação de assessores parlamentares que, além de não prestarem o serviço, repartiriam mensalmente o salário com o respectivo vereador.

Na 1ª fase da operação, deflagrada em dezembro de 2023, o Ministério Público do Ceará, com apoio da Polícia Civil, prendeu temporariamente o vereador supostamente envolvido no esquema e seu irmão. A prática conhecida como “rachadinha” envolve a transferência de parte ou todo o salário de um servidor para o parlamentar ou secretários, a partir de um acordo previamente estabelecido.