Maio Bordô: Conscientização e combate à cefaleia crônica

Especialista esclarece alguns pontos cruciais sobre a doença que atinge milhões de brasileiros.

Da Redação
24/05/24 • 12h40

Cerca de 13 milhões de brasileiros enfrentam a dor de cabeça por 15 ou mais dias ao mês. (Foto: Divulgação)

Neste mês, a campanha “Maio Bordô” foca no combate à cefaleia, uma condição comum muitas vezes subestimada. Cefaleia é o termo médico para “dor de cabeça”, que pode variar em intensidade, duração e sintomas adicionais, como náuseas e sensibilidade à luz e odores.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, 95% das pessoas têm dor de cabeça pelo menos uma vez na vida. Entre essas, 70% das mulheres e 50% dos homens sofrem com o problema ao menos uma vez por mês. Há 13 milhões de brasileiros que enfrentam dor de cabeça por 15 ou mais dias ao mês, caracterizando a cefaleia crônica, que pode ser incapacitante e afetar a rotina.

Saulo Teixeira, neurocirurgião do Instituto de Educação Médica (IDOMED), destaca que a cefaleia pode variar de uma enxaqueca simples a dores severas como a neuralgia do trigêmeo. “É importante compreender que a dor de cabeça pode ser não apenas uma sensação incômoda e passageira, mas em alguns casos, um alerta para outras condições médicas que precisam ser investigadas”, complementa.

Existem mais de uma centena de tipos de cefaleia, cada um com características específicas. Entre os mais comuns estão a cefaleia tensional, a enxaqueca e a cefaleia cervicogênica. A cefaleia tensional é frequentemente causada por estresse ou tensão muscular, a enxaqueca ocorre em crises com intolerância à luz e ao movimento, e a cefaleia cervicogênica origina-se do pescoço, podendo se estender à parte frontal da cabeça.

Teixeira destaca a importância de um diagnóstico preciso e individualizado para o tratamento da cefaleia. “O tratamento da cefaleia varia conforme o tipo e a gravidade dos sintomas. Em alguns casos, medidas simples como mudanças na rotina e analgésicos podem ser suficientes. Por outro lado, em casos mais complexos, intervenções como o bloqueio de nervos podem ser necessárias”, explica.

O especialista reforça a importância de buscar orientação especializada para o diagnóstico e tratamento adequados da cefaleia, enfatizando que um plano de tratamento personalizado é essencial para melhorar a qualidade de vida e reduzir o impacto dessa condição.