Arrozeiros do Rio Grande do Sul garantem que não haverá desabastecimento

Apesar do temor de consumidores e de alguns empresários do Ceará, a Federarroz garantiu que já colheu 83% da safra e que a quantidade garante o abastecimento do mercado interno.

Da Redação
10/05/24 • 10h44

Apesar de não haver risco de desabastecimento, a questão logística pode gerar algum impacto aos consumidores. (Foto: Divulgação)

Diante da preocupação de alguns consumidores e empresários cearenses sobre a possível falta de arroz devido às chuvas no Rio Grande do Sul, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) tranquilizou a população, garantindo que não ocorrerá desabastecimento. A colheita de arroz no estado já superou 80% do total previsto, com registros de boa qualidade e produtividade, assegurando o abastecimento nacional.

Alexandre Velho, presidente da Federarroz, informou que, dos 83% da safra já colhidos, os resultados mostram boas médias de produtividade. “Já temos um bom volume de arroz e, apesar das dificuldades na colheita do saldo restante, o Rio Grande do Sul está apto a produzir uma safra significativamente superior a sete milhões de toneladas. Mesmo com os desafios na colheita do que falta, podemos afirmar que não haverá problemas no abastecimento do mercado interno”, explicou Velho.

O presidente da entidade também comentou sobre as dificuldades logísticas causadas pelas chuvas, especialmente em conexões com o interior do estado. No entanto, a situação nas principais vias, como a BR-101, está normalizada, permitindo o transporte de arroz para os grandes centros do Brasil. “Não há necessidade urgente de importação, e o Brasil, aumentando a área de plantio em vários estados, mantém-se como um grande produtor de arroz. Assim, não há razões para alarme quanto ao abastecimento”, afirmou.

]O problema logístico já havia sido pontuado por Nidovando Pinheiro, presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), que reiterou que não há, no momento, expectativa de desabastecimento de arroz no Estado. Ele mencionou que, apesar das interdições viárias que podem dificultar a distribuição de alguns produtos, como embutidos, não se prevê uma falta iminente de produtos nos supermercados.

Na quarta-feira (8), consumidores de um supermercado em Fortaleza foram surpreendidos com uma restrição na quantidade de arroz que poderiam adquirir. A medida foi implementada pelo Atacadão Lag, no bairro Mondubim, que informava que a compra do produto estava limitada a cinco unidades por CPF, por tempo indeterminado, como uma ação preventiva para garantir o acesso ao produto por todos os clientes. Avisos semelhantes também foram observados em supermercados de Iguatu.