
Brasil supera 4 milhões de casos de dengue; Ceará segue com baixa incidência
O Estado soma 10.199 casos prováveis. A doença vitimou uma pessoa e outras 12 mortes são investigadas.
Da Redação
29/04/24 • 20h48

O Brasil ultrapassou a marca de 4 milhões de casos de dengue neste ano, conforme os últimos dados divulgados pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Até esta segunda-feira (29), foram registrados 4.127.571 casos prováveis da doença em todo o País, com o Ceará contribuindo com 10.199 desses casos.
Em relação às fatalidades, o Estado reportou um óbito confirmado devido à dengue, com outros 12 casos ainda sob investigação. Nacionalmente, o número de mortes confirmadas chega a 1.937, enquanto outras 2.345 mortes estão sendo investigadas. O coeficiente de incidência nacional é alarmante, com 2.032,7 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto no Ceará este índice é significativamente menor, de 116 casos por 100 mil pessoas.
Os dados revelam que a faixa etária mais afetada pela doença é a de 20 a 29 anos, que registra a maior quantidade de casos. Por outro lado, a faixa etária menos atingida inclui crianças menores de 1 ano, seguida por idosos com 80 anos ou mais e crianças de 1 a 4 anos. As unidades federativas que apresentam a maior incidência de dengue incluem o Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina, enquanto os estados com menor incidência são Roraima, Ceará, Sergipe e Maranhão.
Projeções do início do ano sugerem que os casos de dengue no país poderiam chegar a 4.225.885, uma estimativa que está próxima de se confirmar dado o atual avanço da doença. Em resposta ao aumento dos casos, o Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram a Biofábrica Wolbachia em Belo Horizonte. A instalação é gerenciada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e ampliará a capacidade do Brasil de produzir uma das principais tecnologias de combate à dengue e outras arboviroses.
A tecnologia Wolbachia envolve a inserção dessa bactéria em ovos de Aedes aegypti em laboratório, criando mosquitos que, uma vez infectados, tornam-se incapazes de transmitir vírus como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Este método representa uma promessa para o controle dessas doenças no futuro próximo.