Haddad diz esperar acordo do G20 até novembro para taxar super-ricos

Brasil exerce, até novembro, a presidência do G20. A medida recebe apoio de outras economias do mundo, inclusive dos Estados Unidos.

Da Redação
18/04/24 • 11h55

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Foto: Diogo Zacarias)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o G20 pode chegar a um acordo sobre a taxação de super-ricos até novembro. O Brasil, que exerce a presidência do G20 até essa data, propôs a medida, que conta com o apoio do governo do presidente Joe Biden, segundo Haddad.

Em entrevista coletiva ao lado do ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, Haddad enfatizou a necessidade de tratar o assunto como prioridade nos próximos anos e destacou a importância da coordenação internacional para evitar conflitos de interesse.

O ministro também ressaltou o papel da administração Biden como um potencial aliado na questão da taxação de super-ricos. Ele mencionou que a proposta conjunta do G20 deverá abordar o intercâmbio de dados entre os países, o apoio técnico da OCDE e um prazo curto para implementação das medidas.

Haddad alertou para uma possível crise de endividamento global devido aos gastos com a pandemia e à alta da inflação. Ele destacou a importância da taxação dos mais ricos para reduzir a dívida pública e ampliar o espaço fiscal para políticas públicas contra a fome e a pobreza.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo o crescimento da dívida pública brasileira, mas recomendou um esforço fiscal mais “ambicioso”. Haddad considerou positiva a revisão das projeções, reiterando a importância do controle fiscal.