Fugitivos da penitenciária de Mossoró são presos no Pará

Após 50 dias em fuga, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram capturados em Marabá, a cerca de 1,6 mil quilômetros de distância do presídio de segurança máxima.

Da Redação
04/04/24 • 14h45 • atualizada às 18:59

Mendonça e Nascimento escaparam da penitenciária na Quarta-feira de Cinzas. A fuga foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde que este foi criado, em 2006. (Foto: Polícia Federal)

A fuga de dois detentos da Penitenciária Federal em Mossoró, Rio Grande do Norte, no dia 14 de fevereiro, culminou na recaptura dos fugitivos nesta quinta-feira (4), na cidade de Marabá, no Pará. Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram localizados e presos após 50 dias foragidos, a uma distância aproximada de 1,6 mil quilômetros do local de onde escaparam.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública, em nota, anunciou que “Na tarde desta quinta-feira, em uma ação conjunta das polícias Federal e Rodoviária Federal, foram presos, em Marabá (PA), os foragidos só Sistema Penitenciário Federal”.

A captura dos foragidos marca o fim de uma operação extensa que modificou sua estratégia nos últimos dias, de ações ostensivas para um enfoque em operações de inteligência e investigação. A mudança de tática foi crucial para o sucesso da operação que envolveu um esforço coordenado entre diferentes forças de segurança.

Durante a busca, um contingente significativo de mais de 500 homens foi mobilizado, incluindo membros da Força Nacional e da Polícia Federal. Recursos avançados, como helicópteros, drones e cães farejadores, foram empregados para rastrear e localizar os fugitivos.

Ministro garante que fugitivos voltarão para Mossoró

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comemorou a “vitória das forças de segurança” com as prisões de Rogério e Deibson. Em pronunciamento oficial, o chefe da pasta ressaltou o trabalho conjunto de mais de 500 agentes envolvidos nas operações, destacando que, por todas as questões de dimensão territorial e condições climáticas contrárias às buscas, o prazo de 50 dias para prender os fugitivos foi “razoável”.

Lewandowski ainda enfatizou que os dois voltarão para a penitenciária em Mossoró e que as investigações continuam. “Os dois voltarão para o local de onde saíram, para a penitenciária totalmente reformulada no que diz respeito aos equipamentos de segurança. Eles ficarão separados e haverá vistorias diárias. Enfim, a direção [da unidade] foi trocada. Os protocolos foram reafirmados e aperfeiçoados. De lá, certamente, não se evadirão”, afirmou o ministro.