
Crianças brasileiras estão mais altas e mais obesas
Estudo realizado em parceria da Fiocruz com a UFMG e College London apontou essa mudança.
Da Redação
02/04/24 • 10h07

Um estudo conduzido por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a University College London, revelou que as crianças brasileiras estão mais altas e mais obesas.
Entre 2001 e 2014, a estatura média das crianças aumentou 1 centímetro, enquanto a prevalência de excesso de peso e obesidade cresceu consideravelmente, tendo prevalência de até 3% das pessoas nos grupos analisados.
Os resultados do estudo foram baseados na observação das medidas de mais de 5 milhões de crianças brasileiras e publicados na revista The Lancet Regional Health – America.
A pesquisadora Carolina Vieira, líder da investigação, destacou a preocupação com a obesidade infantil, ressaltando que tanto o sobrepeso quanto a obesidade são fatores de risco para doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e certos tipos de câncer. Ela completou que “então, é necessária uma ação efetiva e coordenada, porque senão as repercussões dessa doença para a saúde pública nos próximos anos serão bem alarmantes”.
O estudo analisou dados de crianças de 3 a 10 anos, coletados de sistemas administrativos como o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). A pesquisa mostrou um aumento na prevalência de excesso de peso e obesidade em ambos os sexos, além de um crescimento médio de altura de aproximadamente 1 centímetro.