
Dengue já matou 391 pessoas no Brasil em 2024, outros 854 óbitos são investigados
O Com Ceará não registrou mortes por dengue neste ano, mas tem 5 óbitos em investigação. Estado tem o 3º menos coeficiente de incidência do País.
Da Redação
12/03/24 • 10h40

O Brasil enfrenta um surto significativo de dengue, com 391 mortes registradas desde janeiro até hoje, conforme informações divulgadas pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Além das vítimas, o País contabiliza 1.538.183 casos prováveis da doença, 4.078 no Ceará, com outras 854 mortes ainda sob investigação, sendo 5 delas no Estado. Esses números destacam a gravidade do atual cenário epidemiológico brasileiro em relação à dengue, exigindo atenção e ações efetivas de combate e prevenção.
A análise dos dados revela que a distribuição dos casos prováveis de dengue no País apresenta maior prevalência entre mulheres, que representam 55,5% dos casos, enquanto os homens somam 44,5%. Em termos de faixa etária, indivíduos entre 30 e 39 anos lideram em número de ocorrências, seguidos pelos grupos de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. Essa distribuição por gênero e idade fornece um panorama importante para direcionar as estratégias de saúde pública no combate à doença.
Entre os estados brasileiros, Minas Gerais registra o maior número absoluto de casos prováveis, alcançando 513.538 ocorrências. São Paulo, Paraná e o Distrito Federal também apresentam números elevados, respectivamente, com 285.134, 149.134 e 137.050 casos. Considerando o coeficiente de incidência, o Distrito Federal lidera com 4.865 casos por 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná, indicando a intensidade da disseminação da dengue nessas regiões. O Ceará tem o coeficiente de incidência em 46,4, o terceiro menor do Brasil, sendo maior apenas que o Maranhão (37,5) e Alagoas (43,3).
O aumento expressivo no número de casos fez com que pelo menos oito unidades federativas declarassem emergência em saúde pública: Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Essa medida é crucial para agilizar a mobilização de recursos e esforços necessários no enfrentamento da dengue, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz às demandas emergentes.
A situação demanda uma ação coordenada entre os governos federal, estaduais e municipais, além da participação ativa da população nas medidas preventivas contra a dengue. O decreto de emergência facilita o acesso a recursos federais e acelera os processos voltados ao combate da doença, essenciais para reverter o atual quadro e minimizar o impacto da dengue na saúde pública brasileira.